G1 – O Conselho Superior do Ministério Público quer que a Procuradoria-geral de Justiça de Santa Catarina abra um inquérito civil contra o governador Raimundo Colombo (PSD) e o secretário de estado da Saúde, Vicente Caropreso. O pedido foi motivado pela dívida do governo com hospitais e instituições de saúde, como mostrou o NSC Notícias desta sexta-feira (25).
Pela manhã, o governador comentou a possível investigação: “absoluta tranquilidade. Nós temos todo um planejamento de trabalho e nós estamos fazendo o máximo possível com a arrecadação. Todo mundo está vendo a crise que existe no Brasil, existe em todos os lugares. E nós não somos uma ilha, a gente está tendo um desempenho melhor e isso vai ficar comprovado em qualquer estudo que pedirem”.
A Procuradoria-geral de Justiça é um órgão da administração superior do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC). Ela atua como órgão de execução, ou seja, pode propor ação penal em relação a crimes praticados por autoridades com direito a foro privilegiado.
Com falta de investimentos na saúde, pacientes têm tratamento comprometido
A própria Secretaria de Estado da Saúde admite que o valor da dívida do governo com os hospitais passa dos R$ 700 milhões. Os atrasos refletem nos atendimentos. Só com o Centro de Pesquisa Oncológica (Cepon), que atende pacientes com câncer, a dívida do Estado é de mais de R$ 40 milhões. O Cepon já anunciou que deve reduzir o horário de atendimento na emergência.
Proposta de inquérito
O procurador Gercino Gomes Neto propôs o inquérito civil contra o governador na sessão do Conselho Superior do Ministério Público.
Porém, o procurador-geral de Justiça, Sandro José Neis, a quem caberia abrir esse inquérito, não se manifestou, nem por nota oficial. A assessoria de imprensa do MPSC informou que a procuradoria vai fazer uma análise jurídica, sem prazo final definido.