Carol Rech / Isev
Já pensou um lugar onde quem mais precisa poderá escolher roupas, calçados e cobertores de sua preferência, como se estivesse numa loja, mas sem pagar nada? Isso será possível na Street Store (loja de rua, em português), que será realizada nesta sexta-feira (9), na Praça Nereu Ramos, das 10h às 15h. O projeto, que já está em sua terceira edição, é encabeçado por profissionais do Instituto de Saúde e Educação Vida (Isev), em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde e Prefeitura de Biguaçu. Em caso de mau tempo, o evento está automaticamente transferido para o Clube 17 de Maio, localizado na Rua Frederico Bunn, Centro de Biguaçu.
Na edição do ano passado, foi doada cerca de uma tonelada de roupas, calçados e cobertores, que beneficiaram mais de 300 famílias de Biguaçu. Durante o mês de maio foram arrecadados roupas, calçados e cobertores em todas as Unidades Básicas de Saúde, sede da Prefeitura e em algumas associações e estabelecimentos comerciais que aderiram à campanha. A Street Store é feita apenas com cartazes onde as doações são penduradas e a população carente pode escolher o que quiser, a seu gosto.
“Para muitos, esta é uma oportunidade única de estar realizando compras, mas sem ter que pagar por isso”, explica a gerente técnica de saúde do Isev, Franciely Pacheco.
Surgimento do Street Store
O projeto “Street Store” surgiu em janeiro de 2014 na Cidade do Cabo, na África do Sul, e desde então já passou por mais de 100 países. Trata-se de uma loja de rua para pessoas carentes, sem fins lucrativos. Lá elas podem escolher roupas e acessórios que quiserem, de acordo com seu gosto pessoal, sem gastar nem um real. Esta é a terceira vez que a loja de rua é realizada no município de Biguaçu.
O secretário municipal de Saúde, Heron Felício Pereira, explica que “a ideia central do projeto é dar visibilidade para as pessoas que tratamos como invisíveis, além de romper com a lógica das doações verticalizadas e intensificar a ação de solidariedade neste inverno”.
“A população carente deve ser vista e suas escolhas pessoais devem ser respeitadas. A roupa é apenas um vetor para que este processo de cidadania e humanização das relações aconteça”, ressalta o prefeito Ramon Wollinger.