A família do pecuarista Robson Guimarães – diretor geral da Bigsal, sediada em Rondônia – contratou uma empresa especializada em busca e resgate marítimo, para procurar a carceragem do avião monomotor modelo Socata TBM-900, que na última segunda-feira (1) caiu no mar, nas proximidades da ilha do Campeche, depois de decolar do Aeroporto Hercílio Luz, em Florianópolis.
“Esta empresa possui equipamentos próprios e específicos para a realização desse trabalho, que será iniciado na manhã desta quinta-feira (4), e acompanhado de perto por João Duarte (pai de Robson) Vanderson Guimarães (irmão) e Valdemir Aimi (sócio)”, informou a Bigsal, em nota, agora há pouco.
Robson e o piloto Marlon Neves estão desaparecidos desde a manhã de segunda-feira. Bombeiros fizeram buscas com helicóptero, jetski e embarcações, com ajuda da Marinha. No entanto, após três dias de incursões pelo mar, eles não foram localizados, nem a carcaça da aeronave. Apenas destroços, como parte da fuselagem e de bancos, foram avistados na água.
As causas do acidente ainda são um mistério. O Socata, com prefixo PP-LIG, era novo e considerado de alta tecnologia. Foi adquirido por cerca de R$ 10 milhões pelo pecuarista em julho de 2015. Ele estava se deslocando para Ji-Paraná (RO), onde fica a fazenda com criação de gado e a fábrica de nutrição animal.
De acordo com a Infraero, chovia no momento da decolagem, mas nada que pudesse impossibilitar o voo. No entanto, uma informação registrada no radar indica que o avião pode ter sofrido algum problema mecânico. O piloto fez uma curva para a direita para tentar voltar ao aeroporto. Essa manobra é incomum, pois estava prevista uma curva para a esquerda, para que o Socata começasse a pegar a rota rumo ao Norte do país.
O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) foi acionado e acompanha os trabalhos de buscas, para somente depois começar a analisar o caso.