A mobilização contra o Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya, ganha a adesão da Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc). A entidade lançou uma campanha voltada ao tema na manhã desta quinta-feira (18), em Florianópolis.
A proposta é orientar os trabalhadores da indústria sobre a adoção de medidas para a eliminação de potenciais criadouros do mosquito e a prevenção de doenças transmitidas pelo Aedes aegypti. “Pedimos a atenção e a colaboração de cada trabalhador da nossa indústria para evitar a propagação do mosquito. Vamos cuidar de nossas casas, orientar nossos filhos e familiares, averiguar o local de trabalho e o bairro onde moramos. A situação preocupa o nosso país e boa parte do mundo, mas não podemos esmorecer. Nossa atuação firme fará a diferença “, disse o presidente da Fiesc, Glauco José Côrte. A indústria catarinense representa 52 mil estabelecimentos com 812 mil trabalhadores.
Uma das ações da campanha é a distribuição de cartilhas informativas. A iniciativa conta com o apoio do Serviço Social da Indústria (Sesi) e de outros parceiros. “Conscientes do grande desafio de saúde pública do país, estamos engajados na mobilização de combate ao mosquito. Nossos 5 mil colaboradores vão atuar em todos os locais onde prestamos serviços – nas indústrias, comunidades, escolas, nos centros de promoção de saúde”, ressaltou o superintendente do Sesi/SC, Fabrizio Machado Pereira. “Para se ter ideia, ofertamos 85 mil refeições diárias aos trabalhadores da indústria. Teremos a oportunidade de entregar os materiais da campanha nos refeitórios”, acrescentou.
Outra medida anunciada pela Fiesc é a divulgação da campanha contra o Aedes aegypti em outdoors, veículos de comunicação e redes sociais. A ação da entidade foi elogiada pelo secretário de Estado da Saúde, João Paulo Kleinübing. “A Fiesc dá um exemplo. Por meio de todo o seu sistema, vem somar no esforço de combate ao mosquito. Como está presente na maioria dos municípios catarinenses (259), tem uma capacidade de mobilização enorme.”
Para o secretário, o engajamento da sociedade na causa é fundamental. “O número de casos de dengue em 2016 é menor do que no ano passado. Mas temos uma situação preocupante, especialmente no Extremo Oeste catarinense, no município de Pinhalzinho. Além disso, precisamos evitar que o zika vírus circule no nosso estado”, comentou. “Por isso, temos que continuar combatendo o mosquito. Há muito a se fazer, pois 80% dos focos estão nas residências. A única forma de contermos o avanço da dengue e da zika é com a mobilização da sociedade”, complementou.
Agência AL