O técnico da seleção brasileira, Dunga, e o coordenador de seleções, Gilmar Rinaldi, entraram no STF (Supremo Tribunal Federal) com duas queixas-crime contra senador Romário (PSB). O motivo da ação diz respeito às declarações do ex-jogador colocando em dúvida a isenção da dupla na hora de elaborar uma lista de convocação, com possíveis interesses particulares.
Ainda não há prazo para análise da legitimidade da ação, informou o advogado Ricardo Braga, que representa os dois no caso. Romário foi notificado na terça-feira para apresentar a sua defesa. Em seguida, uma sessão poderá ser marcada por um dos ministros do STF.
Além disso, Dunga e Rinaldi também protocolaram uma reclamação junto ao Comitê de Ética do Senado, por quebra de decoro. De acordo com o advogado, Romário não poderia usar da imunidade parlamentar para dar tais declarações. Segundo ele, a motivação do ex-jogador foi pessoal e não atrelada à função legislativa.
Por meio de sua assessoria, Romário rebateu a ação de Dunga e Gilmar. “Todos sabemos que, de acordo com o art. 53 da Constituição Federal, ‘os deputados e senadores são invioláveis civil e penalmente, por quaisquer de suas opiniões, palavras e votos'”.
Rinaldi respondeu afirmando que Romário quer ser o novo “Paladino da Justiça” e o desafiou a abrir mão da imunidade parlamentar para ser investigado e lançou o desafio de abrir o sigilo bancário.
O Baixinho não ficou calado e deu a última palavra. Em suas redes sociais, disse que Rinaldi era medíocre como empresário e ex-jogador e que merecia se juntar a José Maria Marin, ex-presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) que está preso.
Ricardo Braga destacou que a ação também tem uma motivação extra por causa do momento do país, que requer muita clareza em tudo o que envolve os representantes públicos. Lembrando que José Maria Marin e Marco Polo Del Nero já entraram com processos contra o senador, mas todos foram derrubados no STF pelo mesmo motivo: imunidade parlamentar.