Assessoria
O novo presidente do Avaí, Francisco José Battistotti, 67 anos, aceitou o desafio de fazer o Leão da Ilha voltar a ser grande e vencedor. Ele assumiu o cargo nesta sexta-feira em substituição a Nilton Macedo Machado, que renunciou ao mandato. Battistotti vai trabalhar em dois pilares: um time forte capaz de fazer o clube voltar à Série A e uma reforma administrativa. Na sua opinião, o clube precisa de um “choque de gestão”.
“A volta por cima é trabalho. Posso garantir ao torcedor avaiano que eu darei expediente aqui e vou buscar boas parcerias, gente que já se colocou à disposição na montagem de um time forte e também numa reforma administrativa profunda. Eu acho que o Avaí precisa de um choque de gestão na parte administrativa. Eu junto com os colaboradores do Avaí, vamos fazer uma situação de equilíbrio entre receita e despesa. O Avaí tem patrimônio. Nunca houve um acesso dos atletas da categoria de base tão grande no profissional. Um ativo importante para gerar receita”, destacou o presidente.
Sobre os novos parceiros, Battistotti disse que está conversando com presidentes de clubes da Primeira Liga. “Muitos se colocaram à disposição para ajudar com atletas e material na área do futebol. O elo de parcerias tem que ser o maior possível. Se não tiver parceiros fortes, não avançaremos”.
Sobre a atual situação do futebol no Avaí, sem vitórias, Francisco José Battistotti disse que como o torcedor, ele também está desgostoso. “Quero o Avaí vencendo, forte, ganhando títulos e em situação muito melhor que a atual. Jogadores, torcedores, dirigentes, todos precisam estar indignados quando a vitória não vem. O Avaí é o time da raça, da vontade, da garra. E precisa isso em campo. Vamos voltar a vencer. Vamos esquecer o passado e vamos nos unir para fazer um Avaí forte e vencedor”.
O presidente do Avaí diz ter muita coragem, a coragem de italiano, com sangue italiano e alemão, criado por mãe e pai batalhador, que começaram do nada. A mãe era costureira, que virou doceira, e o pai era motorista de caminhão que virou madeireiro. “Ambos me passaram que o cidadão deve lutar por seus objetivos e é o que eu sempre fiz a minha vida toda. Eu não fujo da raia. Vou mostrar para o torcedor avaiano, para a nação avaiana, conselho deliberativo, que tenho condições de tirar o Avaí desta situação. Sou uma pessoa do diálogo. Eu tenho esta cara carrancuda mas sou de bom coração”.
Segundo Battistotti, é preciso a união do torcedor avaiano. “Estamos num barco onde todos precisam remar para o mesmo lado. A reforma administrativa vai acontecer, pois o Avaí precisa ter uma boa gestão administrativa”, finalizou o presidente.
Quem é Battistotti:
Este descendente de italiano e alemão, natural de Santo Amaro da Imperatriz, casado, duas filhas e três netos, quer fazer história no clube, onde atua desde 1976, na época do Adolfo Konder. Era diretor de futebol amador, atuando ao lado de figuras como o ex-presidente José Nazareno Vieira e do então técnico do profissional Áureo Malinverni. Depois retornou ao clube a convite de João Nilson Zunino, atuando nos consulados avaianos, até ser vice-presidente eleito na gestão atual. Agora é o presidente.