“O quadro como estava era insustentável, a gente tinha que ter uma solução”, afirmou o governador de Santa Catarina, Raimundo Colombo, após o plenário do Senado Federal aprovar às 6h34 desta quinta-feira (12) a abertura do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff por 55 votos a favor e 22 contra.
Com a decisão, ela fica afastada do mandato por até 180 dias. Com o afastamento de Dilma, o vice Michel Temer assume a Presidência da República.
“Tinha que ter uma solução. É claro que esse encaminhamento exige novas atitudes. Nós precisamos mudar o sistema, mudar o modelo. Não é só as pessoas ou siglas partidárias. Para isso, a gente tem que fazer a reforma da Previdência, tem que diminuir o custo do Estado. Nós temos que mexer na legislação trabalhista e para tudo isso nós temos muito pouco tempo”, disse Colombo.
Para o governador, é preciso que o governo federal convoque, de forma extraordinária, o Congresso Nacional até o mês de julho.
“Antes disso, o governo tem que apresentar todos os projetos e votar até julho, sob pena de a gente não dar a volta e não ter o tempo necessário para corrigir os rumos. É indispensável que se tenha muita prioridade, e o espírito tem que ser o da colaboração. De nossa parte, tudo que nós pudermos fazer para colaborar nós vamos fazer”, afirmou o governador.
Prefeito de Florianópolis
O prefeito de Florianópolis, Cesar Souza Junior, também se pronunciou sobre a aprovação do processo do impeachment. “O processo ocorreu dentro da maturidade política necessária para o enfrentamento da profunda crise nacional. Fundamental é que se restabeleça um mínimo de equilíbrio e estabilidade na Administração Federal. A Prefeitura de Florianópolis, desde já, estabelecerá diálogo para o seguimento e fortalecimento de parcerias, sobretudo na mobilidade urbana e em investimentos em áreas de interesse social”, afirmou.