Coluna Entrelinhas
Ramon e Vilson (prefeito reeleito e vice-prefeito eleito, respectivamente) mostraram a alguns vereadores – sobretudo ao vereador Marconi Kirch (DEM) – que estão dispostos a não ceder a pressões originadas na Câmara de Vereadores.
Embora Ramon já esteja sofrendo “lobby” há alguns dias para aceitar emplacar secretários na futura gestão a gosto dos parlamentares, ele deu uma resposta, esta semana, que pode indicar que não cederá a esse tipo de politicagem.
Desde a ultima semana, Marconi estava fazendo “pressão” no Poder Executivo para que o edital regendo a eleição do futuro secretário de Educação fosse alterado, retirando a exigência de ser funcionário efetivo do município para poder se candidatar. Na prática, o vereador queria abrir para que todos os formados no magistério e que atendessem aos demais requisitos do edital pudessem postular o cargo.
Mas Ramon saiu de férias na noite de quinta-feira (10) e não atendeu Marconi, pois ele quer que o secretário seja um servidor efetivo, valorizando assim a categoria. A interlocutores, o prefeito se queixou do modo em que alguns integrantes do Poder Legislativo tentam “emplacar” suas vontades no Poder Executivo. Segundo uma fonte próxima ao prefeito, Kirch seria um deles.
Mas com o pedido de licença de Wollinger, Marconi passou a fazer pressão no prefeito em exercício, Vilson Norberto Alves (PP). Mas este também não cedeu e disse durante a tarde de hoje (16), ao Biguá News, que nada seria alterado no edital.
O posicionamento dos dois gestores é fator positivo para a independência dos poderes. Mas pode levar a reações dentro do Legislativo, caso os vereadores insistam na condenável prática de “lobby” por cargos de primeiro e segundo escalões na Prefeitura.
*Alexandre Alves é jornalista, editor da Coluna Entrelinhas e do Biguá News