A Prefeitura de Governador Celso Ramos bloqueou os 30 beneficiários do programa Bolsa Família indicados pelo Ministério Público Federal (MPF) como “suspeitos” de irregularidades.
Conforme “pente-fino” do órgão ministerial, entre 2013 e 2016 havia 28 pessoas com CNPJ recebendo o benefício e duas que seriam servidores públicos – o programa veda a participação desse tipo de perfil.
A secretária do Desenvolvimento Social do município, Ellen Prim, argumentou que em todo território nacional os cadastros são feitos pela Gestão Municipal da Assistência Social, porém, a liberação é feita apenas pelo Governo Federal.
“No município de Governador Celso Ramos esse assunto já está encerrado. Já realizamos todas as visitas, colhemos todos os dados, informamos as famílias da necessidade de se adequarem e já bloqueamos todos os beneficiários que constavam desta lista. Informo ainda que todo o procedimento foi realizado, concluído e já encaminhado ao MPF”, disse.
Em Governador Celso Ramos, os 28 beneficiários com perfis de empresário receberam, nesses três anos, o montante de R$ 110,5 mil. Os dois servidores receberam R$ 1 mil (revelando que permaneceram pouco tempo no Bolsa Família).
Biguaçu e Antônio Carlos
Conforme Biguá News divulgou em primeira mão, em Biguaçu são 78 beneficiários suspeitos de serem empresários, seis trabalhadores no funcionalismo público (sem especificar se municipal, estadual ou federal), duas pessoas que fizeram doação eleitoral acima do benefício (o que é proibido) e uma pessoa falecida consta como recebendo mensalmente.
O MPF não nominou quem são essas pessoas. O volume total de recursos pagos nos três anos no município foi de R$ 10,4 milhões e a quantia depositada aos 87 suspeitos somam R$ 339,9 mil.
Em Antônio Carlos, são três com perfil de pessoa jurídica e um de servidor público. Naquele município, os três bolsistas tidos como empresários viram entrar em suas contas o montante de R$ 7,1 mil, enquanto que o servidor que lá consta no cadastro ficou com R$ 1,9 mil.