Um comparativo feito pelo Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina, considerando o período de Carnaval deste ano e do ano passado, constatou que o número de pessoas mortas em decorrência de afogamentos diminuiu em 70% no Litoral e balneários catarinenses. Em 2016, foram registradas três mortes por afogamentos no Carnaval. Neste ano, foi uma.
O único óbito ocorreu na praia, em Mariscal, no município de Bombinhas, no sábado, 25, quando um homem de 47 anos entrou na água e teve um mal súbito. Ele chegou a ser socorrido pelos guarda-vidas, que estavam no posto distante há 200 metros, e pelo helicóptero Arcanjo, mas não foi possível reanimá-lo e o óbito foi declarado uma hora depois pelo médico a bordo da aeronave.
Além disso, o número de pessoas que chegaram a ter algum nível de afogamento, tanto em água doce como em água salgada, mas que foram recuperadas graças à intervenção dos guarda-vidas também aumentou: passou de nove vidas recuperadas no Carnaval de 2016, para 14 no mesmo período de 2017.
Com relação aos arrastamentos, que se referem a quantidade de pessoas que foram salvas pelos guarda-vidas após caírem em correntes marítimas, os números diminuíram. Neste Carnaval, foram 222, enquanto em 2016 foram 290 salvamentos. Nestes casos não chega a acontecer o afogamento propriamente dito, pois os resgates para retiradas das pessoas da água foram feitos antes de ter a ingestão excessiva de água.
Para o comandante-geral do Corpo de Bombeiros de SC, coronel BM Onir Mocellin, os números são positivos, mas toda comemoração poderia ser precipitada. Isso porque há vários fatores que interferem nas mortes e nos salvamentos aquáticos realizados pelos bombeiros. Para ele, a diminuição no número de mortes por afogamentos no Carnaval pode demonstrar tanto uma eficácia maior nos procedimentos de reanimação e atendimentos prestados pelos guarda-vidas, como uma maior consciência por parte dos banhistas que, cada vez mais, procuram se banhar em áreas monitoradas e mais seguras.
Outros fatores que devem ser considerados são as condições do mar e o número total de turistas nas praias. “Apesar de estarmos tranquilos com relação ao preparo e disponibilidade de nosso efetivo que atua nas praias e balneários do estado, somente poderemos realmente comemorar quando tivermos número zero de afogamentos em toda temporada,” afirma.
Bandeira Lilás
Neste ano, a novidade foi a implantação de mais uma bandeira de sinalização de praia. A bandeira lilás, colocada nos postos de guarda-vidas, indica os locais de incidência de águas-vivas. Neste período, foram registradas 2.057 lesões, enquanto no ano passado foram 8.183 casos registrados no Carnaval.
Número total de atendimentos aumenta
Já com relação aos números absolutos de ocorrências, que considera o total de atendimentos feitos pelos 14 batalhões de bombeiros no estado, o aumento foi de cerca de 15%, ou seja, passou de 2.660 para 3.130 neste Carnaval, representando um aumento de 470 casos. A maioria se refere a atendimentos pré-hospitalares, como socorros prestados a vítimas de acidentes de trânsito, quedas, agressões e outros.
A Operação Veraneio continua nas praias até o término do verão. Mas após o período de Carnaval há uma diminuição considerável no número de turistas e banhistas nas praias, e a Operação Veraneio entra na sua etapa final.
da Assessoria