A Polícia Civil por meio do Setor de Homicídios, da Divisão de Investigação Criminal (DIC/FRON) de Chapecó finalizou 22 procedimentos que investigavam crimes em aberto nos últimos três anos. E para incluir neste dado positivo, a cidade de Chapecó, comemora nesta quinta-feira, 11, 72 dias sem homicídios. É considerado um fato histórico para a Segurança Pública, desde 2010, em que não se ultrapassava mais 30 dias sem estes crimes hediondos.
O delegado Felipe Rezende de Aquino, responsável pela DIC/FRON, explica que esse tempo sem mortes não aconteceu por acaso. “Foram uma série de ações de inteligência, pedidos de prisão de alguns suspeitos e o foco no cumprimento de mandados de prisão, que retiraram alguns criminosos violentos de circulação”, disse.
Segundo o delegado, outro fator que contribuiu para a cidade de Chapecó ultrapassar 70 sem homicídios é atribuído ao fato de se tirar alguns criminosos e quadrilhas de circulação. “Começamos o trabalho focando no cumprimento de mandados de prisão de condenados por crimes violentos, como homicídio, latrocínios, envolvidos com tráfico de drogas que contribui de forma direta para esse tipo de crime e retiramos alguns suspeitos perigosos de circulação”, destaca.
O delegado enfatiza a ação que resultou na prisão de um grupo violento envolvido em assaltos e tráfico de drogas, que foi preso no mês de fevereiro. A prisão dos suspeitos foi em ação integrada entre a Divisão de Investigação Criminal e policiais da DEIC e DINI. Um dos suspeitos detidos era investigado por um homicídio em Cordilheira Alta e uma tentativa de homicídio em Chapecó.
O delegado explica que o Setor de Homicídios da DIC/FRON é responsável pela apuração dos crimes sem autoria definida, os demais crimes (quando há suspeito identificado ou prisão em flagrante), as investigações são realizadas pelas delegacias de área ou pela Delegacia de Proteção à Criança, Adolescente, Mulher e Idoso (DPCAMI) quando envolve situações de violência doméstica ou com a participação de adolescentes, por exemplo. “A especialização das investigações policiais, com equipes dedicadas exclusivamente para apurar crimes específicos, a exemplo dos homicídios, é o caminho para maior efetividade da prevenção e repreensão de crime”, enfatiza.
Dos 10 crimes registrados em Chapecó neste ano, quatro deles ficaram sob responsabilidade da DIC/FRON, todos com inquéritos em fase final. As principais motivações, segundo Felipe, são desentendimentos por tráfico de drogas e uma discussão relacionadas a ciúmes. Aquino ressalta o suporte dado pelo Ministério Público e Poder Judiciário autorizando diligências e mandados de prisão contra investigados.