Responsável pelos trabalhadores terceirizados em Biguaçu e São José nas obras do Contorno Viário de Florianópolis, a Pavsolo Construtora alega um prejuízo de mais de R$ 20 milhões com os contratos para executar os dois trechos para a Autopista Litoral Sul. A empresa espera negociar com a contratante, nos próximos dias, para evitar perdas ainda maiores e novos atrasos junto aos parceiros. A informação é do jornalista Marcos Horostecki, do Notícias do Dia.
O diretor administrativo e financeiro da companhia, Fábio Maimoni Golçalves, informou que serão necessários outros R$ 15 milhões para fazer frente às despesas previstas até a conclusão dos trabalhos sobre sua responsabilidade. “Nós contamos com o bom senso da empresa, que já admitiu em reuniões que há um desequilíbrio no contrato. A não ser que queiram mais prazo para a obra e estejam pensando em trocar a construtora. Espero que não e não acredito nessa possibilidade”, ponderou.
Os dois trechos sob responsabilidade da Pavsolo tem prazo de conclusão para janeiro, no caso de São José e Julho de 2018, no caso de Biguaçu. Gonçalves teme pelos prazos e admite que, a partir desse mês, caso a situação não se resolva, ficam em risco os salários dos 250 colaboradores da empresa que trabalham na obra. O problema todo estaria sendo causado pelo surgimento de custos extras, que a empresa entende que seriam de responsabilidade da Autopista Litoral Sul. Entre eles, as chuvas acima da média, a demora na liberação de áreas que precisavam ser indenizadas, de jazidas de materiais, e o repasse de materiais de baixa qualidade que exigiram retrabalho.
Autopista promete diálogo, mas garante que não causou perdas
A Autopista Litoral Sul informou ontem, por meio de nota, que está buscando o diálogo com a empresa contratada, para que não haja prejuízo nem para os trabalhadores, próprios e terceirizados e nem para o cronograma de construção do Contorno Viário.
De outro lado, a empresa reforçou que mantém rigorosamente em dia todos os pagamentos devidos aos seus contratados. “As eventuais adequações de projeto são comuns em obras desse tipo e foram ratificadas por meio de aditivos contratuais celebrados com a Pavsolo”, completou. A concessionária negou que as desapropriações tenham impactado no andamento das obras ou nos custos das empresas parceiras.