A Coreia do Norte afirmou nesta quinta-feira (29) que condenará à morte a ex-presidente da Coreia do Sul, Park Geun-hye, por supostamente tramar um plano para assassinar o líder norte-coreano, Kim Jong-un, e pedirá sua extradição. A informação é da Agência EFE.
Em comunicado conjunto dos ministérios de Segurança Pública e Segurança Estatal e da Procuradoria norte-coreana, divulgado hoje pela agência estatal de notícias KCNA, o regime diz que imporá a pena de morte” a Park e ao ex-diretor do Serviço Nacional de Inteligência sul-coreano Lee Byung-ho por esse suposto plano.
“As autoridades sul-coreanas devem entregar a traidora Park Geun-Hye, o ex-diretor de inteligência Lee Byung-ho e seus correligionários à República Popular Democrática da Coreia (nome oficial da Coreia do Norte) em virtude das convenções internacionais”, diz o texto.
O governo norte-coreano exige a extradição dos dois por considerá-los responsáveis “pelo abominável terrorismo de Estado contra a liderança suprema” da Coreia do Norte.
O texto foi divulgado depois que um órgão de imprensa japonês publicou recentemente um artigo que acusa Park, que sofreu impeachment em março e está em prisão preventiva por corrupção, de ter pedido a Lee em 2015 que removesse Kim Jong-un do poder utilizando todos os meios possíveis, inclusive o assassinato.
De acordo com a Coreia do Norte, o plano era que a morte de Kim parecesse um acidente para apagar qualquer indício de participação, mas “a estrita vigilância” das autoridades norte-coreanas obrigou o Sul a desprezar o plano citado.
Representantes do Serviço Nacional de Inteligência (NIS) da Coreia do Sul explicaram à agência Yonhap que as alegações norte-coreanas “carecem de fundamento”.