Após nove meses de espera, as obras de recuperação do asfalto da Rodovia João Adão Reitz (SC-407) devem iniciar nos próximos dias. Funcionários da empresa Conpesa – Construção Pesada Ltda. começaram a fazer a limpeza no trecho de 15 quilômetros de extensão que liga Biguaçu a Antônio Carlos.
A reabilitação funcional da rodovia estadual inclui a restauração da base do asfalto, um novo sistema de drenagem, uma nova pavimentação e também sinalização vertical e horizontal. A placa instalada esta semana na lateral da pista informa que o prazo para conclusão das melhorias é de 360 dias.
A Conpesa foi contratada pelo Departamento Estadual de Infraestrutura (Deinfra) por R$ 6,9 milhões, em novembro de 2016. Os recursos para a revitalização estão garantidos para o “começo, meio e o fim” da obra, segundo o consultor executivo do Deinfra, Cláudio Cherem Garcia.
Nos próximos dias, o maquinário deve começar a fazer a fresagem da pista, que é a retirada da camada velha de asfalto. Depois disso já vem a nova camada de pavimento nos trechos em que não for preciso fazer base e sub-base. Onde for necessário, haverá nova compactação do solo para suportar o fluxo de caminhões da rodovia.
Reforma é cobrança antiga
A revitalização da rodovia estadual é cobrança constante da população. O trecho de 15 quilômetros possui tráfego de veículos pesados. A pista – que foi pavimentada no começo da década de 1980 – nunca recebeu uma restauração e nos últimos anos vem apresentando buracos, visto que a capacidade do asfalto já não suporta o tráfego de caminhões. O Deinfra chegou a fazer trabalhos paliativos de “tapa-buracos”, como ocorreu no final de 2015, e agora em junho de 2017, após forte pressão popular da sociedade civil organizada. Contudo, isso não resolve a precariedade da estrada.
Maior PIB da Grande Florianópolis
Ao longo dessa estrada estadual está concentrado o maior Produto Interno Bruto (PIB) da Grande Florianopolis. Por essa rodovia é escoada toda a produção agrícola de Antônio Carlos (que é um dos principais produtores de hortaliças de Santa Catarina); as cargas de grama cultivadas em Biguaçu (que são enviadas para todo o país e até para o exterior); todo o combustível para a Grande Florianópolis que chega pelo terminal da Transpetro, no Alto Biguaçu; a produção de uma fábrica de refrigerantes da Coca-Cola, que é a maior do Estado e movimenta carretas e bitrens diariamente; além de ser via de acesso a várias empresas instaladas ao longo de seu curso. Somente a empresa Vonpar recolheu, aos cofres estaduais, em 2011, cerca de R$ 35 milhões em impostos.
*Colaborou Daniel Silva