O crescimento de mercado observado na área de concessão da Celesc e o resultado de ações voltadas para a eficiência operacional e redução de custos são destaques no desempenho econômico-financeiro da Companhia no primeiro semestre deste ano. No período, o consumo total de energia elétrica na área de concessão da Celesc Distribuição somou 12.260 GWh, com variação positiva de 2,8% no total de energia distribuída (mercado cativo da empresa + mercado livre) em relação aos primeiros seis meses do ano passado.
O número de unidades consumidoras atendidas pela Celesc atingiu o total de 2.868.267 em junho de 2017, representando incremento de 2,3%. No gráfico a seguir é possível verificar o desempenho por classe de consumo (6M17):
Outro destaque foi a alta de 804,8% no resultado do EBTIDA Consolidado, que demonstra o quanto a empresa gera de recursos com suas atividades operacionais, sem contar impostos e outros efeitos financeiros, e que somou R$ 294 milhões. No período, o EBTIDA Consolidado Ajustado (sem os efeitos não recorrentes) somou R$ 272,5 milhões, com alta de 74%, influenciada pelo efeito não recorrente relativo à reversão de provisão no 2º trimestre (R$ 21,5 milhões).
O primeiro semestre do ano passado foi marcado pela conjuntura econômica desfavorável, com consumo de energia em queda. No mesmo período, a Celesc reconheceu, em seu balanço, constituição de passivo setorial referente à exposição contratual em 2014, no valor de R$256 milhões. Os dois fatos impactaram negativamente o desempenho da Companhia naquele período. Essa fraca base comparativa auxilia no bom volume de desempenho deste ano.
Com as melhores condições em 2017, a Receita Operacional Líquida Consolidada somou R$1,5 bilhão no trimestre, apresentando acréscimo de 36,6% em relação ao realizado em igual período do ano passado e elevação de 11,2% no acumulado do ano. Os gastos com energia aumentaram 12,9% (+R$140 milhões) no segundo trimestre deste ano em relação ao mesmo período do ano passado e registraram queda de 3,4% (-R$79,6 milhões), no acumulado do semestre.
No cômputo geral, o Lucro Líquido Ajustado foi de R$ 97,4 milhões, revertendo assim o prejuízo de R$ 2,1 milhões no primeiro semestre de 2016. O ajuste refere-se à despesa financeira da Conta de Desenvolvimento Energético, no valor de R$179 milhões, reconhecida no resultado financeiro do segundo trimestre de 2017, de efeito não recorrente. O Grupo Celesc também encerra o primeiro semestre de 2017 com Caixa Líquido Positivo de R$ 532,1 milhões.
Gestão
Os números também evidenciam os esforços adotados pela Companhia de forma estratégica, visando maior eficiência operacional e redução de custos, conforme estabelecem os objetivos do Plano Diretor Celesc 2030 e o cumprimento das metas de desempenho do Contrato de Concessão da Celesc D. Neste primeiro semestre, a Celesc registrou queda de 1,4% no volume de gastos com pessoal, material, serviços e outros, representando redução de R$ 5,6 milhões nos custos.
Investimentos
Para 2017, o orçamento de investimento consolidado do Grupo Celesc totaliza R$ 371,7 milhões, sendo R$ 325,1 milhões em Distribuição de Energia Elétrica, R$ 38,5 milhões em Geração de Energia Elétrica e R$ 8 milhões em Novos Negócios. Os investimentos realizados no primeiro semestre de 2017 somaram R$ 211,3 milhões, 5,3% superior ao mesmo período de 2016, sendo 205 milhões em Distribuição de Energia Elétrica e 6 milhões em Geração de Energia Elétrica. Neste período destacam-se a conclusão da Subestação Maravilha, recapacitação da Subestação Camboriú e o avanço do projeto de automação das redes de distribuição.
Os investimentos e o programa de obras refletiram no desempenho dos indicadores DEC e FEC, que medem a duração e a frequência das interrupções do sistema elétrico, onde o DEC do primeiro semestre foi de 6,42 horas e o FEC de 4,29 vezes, respectivamente 2% e 16% abaixo dos limites para manutenção da concessão.
Reconhecimento
A Celesc também foi eleita por seus consumidores a segunda melhor empresa do setor elétrico, em pesquisa realizada pela Abradee – Associação Brasileira de Distribuidoras de Energia Elétrica. A Associação ouviu mais de 600 consumidores em todo o estado, para saber a opinião dos clientes da Empresa em relação a dezenas de atributos sobre o atendimento prestado e a qualidade dos serviços oferecidos. Isso possibilitou aferir que 88,3% dos pesquisados estão satisfeitos ou muito satisfeitos com a Empresa, menos de dois décimos abaixo da primeira colocada, que alcançou 90,3% de aprovação. A média do Setor no grupo das empresas com mais de 500 mil consumidores, foi de 76,3%, portanto 15% abaixo do patamar conquistado pela Celesc.
A Empresa também acaba de conquistar o Troféu Onda Verde, entregue durante o Prêmio Expressão Ecologia, em reconhecimentos as iniciativas praticadas pela Empresa que evitam a emissão de 18 mil toneladas de CO2 por ano e aos projetos de eficiência energética desenvolvidos na empresa melhoram o aproveitamento de equipamentos elétricos e ajudam a economizar energia equivalente ao consumo anual de 60 mil residências. Esta é a primeira vez que a distribuidora catarinense conquista o prêmio, fruto de um processo transformador que ocorre na Celesc desde 2011 na busca de aliar eficiência e produtividade com seu papel perante a sociedade.
Outro ponto de destaque são as ações preferenciais da Companhia, que apresentaram desempenho positivo nos últimos 12 meses, com valorização de 36,36%. Como comparativo, o principal índice da Bolsa de Valores brasileira, o Ibovespa, apresentou valorização de 22,07%, no mesmo período. Já o Índice de Energia Elétrica – IEE, que mede o comportamento das principais ações do setor elétrico, teve uma valorização de 23,74% nos últimos 12 meses.