O índice de evolução da produção industrial do país subiu para 50,5 pontos em julho e ficou acima da linha divisória dos 50 pontos. Segundo a Confederação Nacional da Indústria (CNI), o resultado indica estabilidade. O índice de evolução do número de empregados alcançou 48,2 pontos. Embora ainda indique retração no emprego, o índice é o maior desde março de 2014, informa a Sondagem Industrial, divulgada nesta terça-feira (22), pela CNI. Os indicadores da pesquisa variam de zero a 100 pontos. Quando ficam abaixo dos 50 pontos mostram queda na produção e no emprego.
O levantamento mostra também que as grandes empresas registraram aumento da produção. Na indústria de grande porte, o indicador de evolução da produção subiu para 53,3 pontos. Já o índice de evolução do número de empregados alcançou 49,5 pontos, próximo da linha divisória. O dado indica que as grandes empresas praticamente interromperam os cortes de pessoal em julho.
“A CNI observa, no entanto, que há dados negativos em julho: há um pequeno excesso de estoques e a ociosidade continua elevada. O índice de evolução de estoques em relação ao planejado ficou em 51 pontos, o maior valor desde dezembro de 2015”, diz o estudo. O indicador varia de zero a cem pontos. Quando está acima dos 50 pontos mostra que os estoques estão acima do planejado pelas empresas. O indicador de utilização da capacidade instalada ficou em 65%, o mesmo percentual registrado em julho de 2016.
Apesar disso, segundo a CNI, os empresários mantêm as perspectivas favoráveis para os próximos seis meses e esperam o aumento da demanda, da compra de matérias-primas e das exportações. “O indicador de expectativas de demanda, por exemplo, aumentou para 56,4 pontos e atingiu o maior valor desde abril de 2014”.
A entidade destaca que a boa notícia é que, depois de 27 meses, a indústria espera encerrar as demissões. “O indicador de expectativa em relação ao número de empregados subiu para 49,4 pontos em agosto e ficou muito próximo da linha divisória dos 50 pontos, mostrando que as perspectivas em relação ao emprego melhoraram”. Com isso, os empresários estão mais propensos a investir, diz o levantamento.
Já o índice de intenção de investimento cresceu 1,3 ponto em agosto e alcançou 47,9 pontos, o maior valor desde março de 2015. O indicador varia de zero a cem pontos. Quanto maior o índice, maior a propensão para investir na indústria.
A Sondagem Industrial divulgada nesta terça-feira pela CNI foi feita de 1º a 10 de agosto com 2.930 empresas industriais de todo o país. Dessas, 994 são pequenas, 865 são médias e 531 são de grande porte.