O governador de Santa Catarina, Raimundo Colombo (PSD), e o ex-secretário da Fazenda Antonio Gavazzoni foram citados nos áudios entre o empresário Joesley Batista e o lobista Ricardo Saud, delatores da Lava Jato, divulgados nesta terça-feira (5). A gravação está com o Procurador Geral da República, Rodrigo Janot.
Na gravação, Saud cita governadores e diz que teria que jogar amigos no fogo. O nome de Colombo é citado e a gravação dá a entender que foi entregue dinheiro a Gavazzoni.
O que dizem os citados
Procurados pela NSC TV, Antonio Gavazzoni disse por telefone que está tranquilo e que espera que Joesley Batista e Ricardo Saud, a quem ele chamou de criminosos, sejam presos rapidamente.
Já o governador Raimundo Colombo se posicionou numa nota oficial reafirmando que todas as doações feitas pela JBS foram rigorosamente de acordo com a legislação eleitoral, transparentes e estão registradas nas prestações de contas do PSD nacional e estadual e cadastradas na Justiça Eleitoral.
Conversa sobre o STF
Na gravação entregue pela empresa na última quinta (31) como complemento à delação premiada, Joesley e Saud conversam sobre ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). No diálogo, ocorrido em março, eles falam sobre as negociações que faziam para fechar o acordo de colaboração.
A presidente do STF, Cármen Lúcia, informou nesta terça-feira, ter pedido “investigação imediata”, com data para início e fim, de menções feitas pelos delatores da JBS Joesley Batista e Ricardo Saud a membros da Corte.