A Defesa Civil de Santa Catarina alerta para a estiagem que atinge o Estado, causando prejuízos na agricultura e pecuária. As precipitações para o mês de setembro estão abaixo da média climatológica em todas as regiões do Estado e a situação se agravou ainda mais com o baixo volume de chuva durante o mês de agosto no Litoral Norte, Litoral Sul, Meio Oeste, Planalto Sul e Vale do Itajaí.
Para Companhia Catarinense de Águas e Saneamento (Casan), essa pode ser a maior estiagem dos últimos 10 anos e, a seca, a maior dos últimos 20 anos, sem a normalidade de chuvas desde maio de 2017. “No passado, com a falta de chuvas como a registrada atualmente já estaríamos com problemas no abastecimento desde agosto, mas graças aos investimentos estamos conseguindo manter o abastecimento de água no Estado mesmo em meio a uma estiagem violenta como esta”, disse o diretor-presidente da Casan Valter Gallina.
As 22 estações hidrológicas do Estado mostram o volume hídrico dos rios abaixo da normalidade. Os municípios mais atingidos com alerta e emergência são Forquilhinha, Bocaina do Sul, Otacílio Costa, Canoinhas, Palhoça, Chapadão do Lageado, José Boiteux, Salete, Taió, Timbó, São João Batista, São Martinho, Orleans, Tubarão, Passos Maia, Joaçaba, Rio das Antas, Tangará, Concórdia, Camboriú e Rio Negrinho. Já em situação de atenção são os municípios de Curitibanos, Itapiranga e Itapema.
Gallina pede para que a população colabore, já que o nível dos rios, combinado às altas temperaturas, compromete os sistemas. “Mesmo assim é fundamental que as pessoas economizem água evitando usar mangueiras para lavar carros e calçadas, regar plantas ou evitar de manter a torneira aberta enquanto lava a louça ou escova os dentes. O uso consciente de água neste momento ajudará a todos”.