Globo Esporte – Ainda sem definição sobre a renovação do autódromo de Interlagos como palco da Fórmula 1, Florianópolis recebeu contato para substituir a cidade de São Paulo depois de 2020, data que termina o contrato com a organização da corrida. As conversas ainda foram iniciais e, apesar do desejo da capital de Santa Catarina, a situação pode esbarrar em alguns problemas. A informação foi divulgada pela Folha de São Paulo e confirmada pelo GloboEsporte.com.
De acordo com a prefeitura, nenhum projeto foi apresentado, apenas a intenção de fazer um circuito de rua. O desejo seria ter no trajeto a Avenida Beira-Mar Norte e utilizar a imagem da Ponte Hercílio Luz, grande cartão-postal da cidade. Os contatos foram telefônicos e até agora não passaram disso. Com essa situação, os representantes do município tratam como apenas uma sondagem e sem caráter oficial.
No entanto, um problema para a realização da corrida seria a mobilidade urbana na capital catarinense. Com dificuldades no trânsito por ser uma ilha e ter apenas uma ligação com o continente, Florianópolis tem dificuldade com filas e deslocamento dentro da cidade. Sexta-feira, dia de treino livre na F1, é um dos momentos mais complicados para locomover-se pelas ruas do município.
– Os organizadores disseram que seria lindo promover os eventos na Beira-Mar Norte com a Ponte Hercílio Luz de fundo, mas não houve qualquer aprofundamento da ideia. Não temos um projeto, não sabemos como seria feito, nem qual seria a participação da prefeitura nisso. De antemão, podemos dizer que precisaríamos contar com recursos da iniciativa privada – explicou o superintendente de Turismo de Florianópolis, Vinícius de Luca.
A prova em Interlagos foi realizada no último domingo e incidentes ocorreram em São Paulo antes da disputa. Na noite de sexta-feira, funcionários da Mercedes foram assaltados. Um outro carro com assessores da FIA conseguiu fugir da ação dos bandidos. Já na noite de sábado, um carro acertou uma van com integrantes da Sauber, que também conseguiu escapar.
O prefeito da capital paulista, João Dória (PSDB), acredita que a privatização da pista, que deve acontecer no primeiro semestre de 2018, vai ajudar a minimizar os incidentes. Ele também reforçou o desejo de renovar o vínculo após o encerramento para manter a F1 em Interlagos.
– Temos contrato até 2020, o contrato será respeitado porque é uma obrigação de quem adquirir o autódromo. E esperamos que depois possamos renovar por mais dez anos e manter por uma nova década o GP do Brasil de Fórmula 1 – disse o prefeito.