As Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) Norte e Sul, nos bairros Canasvieiras e Rio Tavares, respectivamente, em Florianópolis, estão com atendimento limitado. Profissionais paralisaram as atividades por 24 horas. O protesto começou a 0h desta terça-feira (5), informa o G1,l que ainda não conseguiu contato com a prefeitura até as 8h de hoje.
Segundo o Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal de Florianópolis (Sintrasem), a paralisação é pela regulamentação dos plantões e contra a precarização do trabalho.
Os profissionais dizem que estão tendo que fazer um número maior de plantões por causa da falta de profissionais e, com isso, a prefeitura não estaria cumprindo o acordo verbal firmado na greve do começo do ano. Segundo um funcionário da UPA Norte, apenas pacientes em casos de urgências e emergências, como quando há riscos ou dor intensa, serão atendidos durante a paralisação.
“O protesto é principalmente pelo descumprimento do acordo coletivo que regulamenta os plantões. Esse mês a Secretaria aumentou o número de plantões, levando a sobrecarga de trabalho. Ao mesmo tempo, temos menos profissionais para atender a população”, diz um servidor.
A falta de profissionais tem prejudicado o atendimento, como mostrou o Jornal do Almoço de segunda-feira (4). Na semana passada,um paciente se irritou por causa da falta de atendimento. Ele jogou materiais no chão, derrubou remédios e equipamentos e a Polícia Militar foi chamada.
A prefeitura da capital informou ontem, por meio de nota, que vai contratar pelo menos 15 médicos via edital pra trabalharem nas UPAs Norte e Sul só durante a temporada, quando o número de atendimentos aumenta em média 20%.
O Executivo municipal assume que essa é uma medida paliativa e que, por enquanto, não tem previsão de contratar médicos via concurso porque a folha de pagamento do município está no limite da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).
Outra medida da prefeitura está na Câmara de Vereadores desde outubro: um projeto de lei propõe que o número de plantões de profissionais da saúde do município e o valor pago por eles sejam regulamentados. A assessoria do legislativo municipal não informou como está a tramitação do projeto.