A vereadora Caroline Batistoti (MDB) registrou boletim de ocorrência na Polícia Civil denunciando o que ela definiu como uma ameaça do prefeito de Governador Celso Ramos, Juliano Duarte Campos (PSD). Segundo a parlamentar, uma conversa de WhatsApp enviada por ele e que cita a falecida mãe dela seria caracterizada como um recado. A mãe de Batistoti fora assassinada quando ela tinha seis anos de idade.
“A droga da minha casa foi a tua mãe que me vendeu. Ou o teu pai, esqueci (…) Drogado tem na tua família. Na minha, não. Tens medinho de falar o nome de quem é a droga, né? Porque o teu destino passa a ser igual. Se eu fosse da tua laia, a droga seria minha”, escreveu o prefeito para a vereadora.
Caroline tem feito forte oposição a Juliano na Câmara de Vereadores. As críticas dela ganharam maior dimensão no começo deste ano, após a Polícia Militar apreender um carro com 40 quilos de maconha em uma casa de luxo, em São José, que é de propriedade dele. Batistoti cobra da Justiça a identificação do proprietário da droga. Campos nega ser traficante.
A vereadora também questiona como o prefeito comprou a mansão, localizada em região com alto valor imobiliário. Ela requer a apresentação da documentação da aquisição, com o preço, formas de pagamento, e dados do vendedor. Em recente fala na tribuna da Câmara, Caroline levantou suspeitas sobre o negócio, apontando que o vendedor seria prestador de serviços da Prefeitura e, justamente no ano de 2017 (quando Juliano comprou a casa), este mesmo fornecedor venceu licitação com valor muito mais alto do que nos anos anteriores.
Biguá News procurou o prefeito via mensagens de WhatsApp, que não foram respondidas, e através de e-mail, para que apresente sua versão dos fatos, e a publicará assim que recebê-la.