Treze pessoas seguem presas após a deflagração da “Operação Ordem e Progresso”, das polícias Civil e Militar. A ação foi iniciada no sábado (30) para combater a disputa por território entre traficantes das comunidades Chico Mendes e Novo Horizonte, em na região continental de Florianópolis.
No total, foram expedidos 29 mandados de busca e apreensão, cumpridos 13 prisões temporárias, sendo ainda três medidas de internação de adolescentes. Entre os detidos estão duas mulheres. Foram apreendidas três armas, um colete da Polícia Civil do Paraná, 70 munições, dois binóculos, rádios, 200 g de cocaína, 1,5 kg de maconha e 150 pedras de crack.
As informações foram divulgadas pelo delegado da Diretoria Estadual de Investigações Criminais (Deic), João Fleury, em entrevista coletiva na manhã desta segunda-feira. Fleury afirma que a operação não está concluída e por isso não divulgou nomes nem detalhes da ação dos criminosos.
O delegado disse que entre os presos está um dos líderes do tráfico na Chico Mendes. ” O principal líder da [comunidade] Chico Mendes foi preso, [ele] cuidava da organização das demais pessoas envolvidas e do tráfico de drogas. A casa dele fica em posição estratégica, inclusive contava com terceiro andar, de onde monitoravam com binóculos a região”, destacou o delegado.
A polícia encontrou pequena quantidade de drogas na casa na dele. O criminoso, segundo a polícia, apresenta extensa ficha criminal e teve munição apreendida em seu carro pela Polícia Militar durante outra ação.
De acordo com o comandante do 22º Batalhão da PM, tenente-coronel Marcos Barreto Valença, haverá “Operação Saturação” no local com ações pontuais em horários específicos e não ocupação permanente.
15 foragidos
O diretor da Deic, delegado Akira Sato, afirmou que ainda há pelo menos 15 pessoas para serem capturadas. Ele admite dificuldades para a investigação chegar aos líderes do crime na região e na comprovação da atividade ilícita. Uma das razões é que os traficantes mudam diariamente de casas onde armazenam drogas e armas, fazendo revezamento para dificultar as ações da polícia.
O diretor observa ainda a existência de facções do crime que agem no local e até uma nova em surgimento que faz alusão ao comando local do bairro.
* Com informações do Diário Catarinense