Foi uma classificação histórica e muito merecida. Depois de perder por 4 a 1 no Camp Nou, a Roma dominou todo o jogo no Estádio Olímpico, fez 3 a 0 e praticamente não foi ameaçada. O Barcelona, irreconhecível, só finalizou duas vezes no gol durante os 90 minutos. Com Messi e Suárez apagados, o clube espanhol só chegou ao gol de Alisson em jogadas de bola parada. Mesmo assim sem levar perigo.
Já a Roma, com o apoio da torcida que lotou o estádio, pressionou desde o início. Abriu o placar logo aos seis minutos com Dzeko, um dos destaques do jogo. Ampliou com De Rossi no segundo tempo, em pênalti sofrido pelo Bósnio. E fez explodir o Estádio Olímpico com uma bela cabeçada de Manolas nos minutos finais. Isso sem falar em outras chances desperdiçadas que podiam ter definido o jogo muito antes.
O Barcelona tinha sofrido apenas três gols na atual edição da Liga dos Campeões até esta terça-feira. Sendo apenas um fora de casa. Dados que mostram o tamanho da virada da Roma, quarta colocada no Campeonato Italiano, sobre o ainda líder invicto do Campeonato Espanhol.
A Roma volta a disputar uma semifinal da Liga dos Campeões depois de muito tempo. Na verdade, será apenas a segunda vez. A primeira foi na temporada 1983/84. Na ocasião, a equipe italiana chegou na final e perdeu o título para o Liverpool nos pênaltis. Falcão e Cerezo faziam parte do elenco italiano.
O Barcelona envolvente e mortal que todos se acostumaram a ver nos últimos anos não entrou em campo nesta terça-feira. A equipe de Ernesto Valverde teve uma atuação irreconhecível. Mesmo tendo mais posse de bola, foi totalmente envolvido pela Roma e só acertou dois chutes no gol, ambos sem muito perigo. Messi foi o retrato fiel da noite sem brilho: só apareceu cometendo faltas e cobrando outras por cima do gol de Alisson.