A pesquisa Características Gerais dos Domicílios e dos Moradores 2017, que está sendo divulgada hoje (26), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), confirmou a substituição gradativa das residências que utilizam o telefone celular em detrimento do fixo e o aumento do acesso a Internet via TV e celular em detrimento dos tablets.
A pesquisa constatou um aumento do número de domicílios com acesso à internet, que passou de 63,6% em 2016 para 70,5% em 2017. O acesso à rede via telefone celular (mobile) passou de 60,3% em 2016, para 69% em 2017.
Realizada com base em dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), a pesquisa constatou que, em 92,7% dos domicílios, pelo menos um morador possuía telefone celular, enquanto o telefone fixo era encontrado em apenas 32,1%. No ano anterior, em 92,3% dos lares, pelo menos um morador possuía telefone móvel celular e 34,5% telefone fixo.
“Os números mostram o que já é uma realidade no Brasil: cresce [o número dos] domicílios com pelo menos um telefone celular, enquanto, paralelamente, cai o número de domicílios com telefone fixo e também o acesso à rede via microcomputador, uma vez que esse acesso à internet vem se dando cada vez mais via telefone celular”, disse a gerente da pesquisa, Maria Lúcia Vieira.
O uso do telefone celular aumentou em todas as regiões. Os menores percentuais estão nas regiões Norte (88,8%) e na Nordeste (89,1%); enquanto os maiores se encontram nas regiões Sudeste (93,9%), Sul (95,0%) e Centro-Oeste (96,9%).
Menos TVs
A pesquisa do IBGE constatou uma ligeira queda no número de televisores nos domicílios entre 2016 e 2017. No ano passado 96,8% dos domicílios possuíam televisão no Brasil, retração de 0,6 ponto percentual em relação ao ano anterior. Esta redução ocorreu em em todas as grandes regiões do país e a maior queda foi no Norte (de 93,9% para 92,8%).
O mesmo fenômeno também se deu em relação aos microcomputadores. No Brasil, 44% dos domicílios, em 2017, possuíam microcomputadores (inclusive portáteis), enquanto que em 2016 eram 46,2%.