O presidente do Sindicato dos Caminhoneiros Autônomos do Estado do Rio de Janeiro, Nélio Botelho, disse nesta sexta-feira à revista Veja que agora a pauta de reivindicações inclui também a redução no preço da gasolina. A inclusão desse novo item na mesa para discutir com o governo vem logo após o presidente Michel Temer (MDB) anunciar que usará as Forças Armadas para encerrar o movimento grevista.
“Temos recebido muito apoio da população e não podemos tratar só de um assunto específico. Temos que incluir também a gasolina”, diz Botelho. De acordo com ele, a pauta inicial de reivindicações incluía a redução de impostos para todos os combustíveis. “Mas no fim negociaram apenas para o diesel, o que não concordamos”.
Sobre o uso de força militar, o sindicalista diz que os caminhoneiros não têm medo, pois não estão fazendo nada de errado. Os profissionais do volante estão à margem das rodovias sem obstruir o trânsito para os carros de passeio. “Estamos exercendo o nosso direito de greve. O presidente disse que vai desobstruir, mas não tem estrada obstruída. Nosso movimento é pacífico”, garante o sindicalista.
“Agora se a força de segurança quiser tirar os caminhões que estão parados sem atrapalhar a locomoção, vamos entregar as chaves e eles podem retirar todos os veículos. São muitos caminhões”, avisa Botelho. “O governo quer resolver o problema na base da violência. Não vamos ceder”, concluiu.