Equipes do Programa de Saúde da Família (PSF) de Biguaçu iniciaram, esta semana, ações em escolas e centros de educação infantil, distribuindo materiais sobre os riscos de não eliminar criadouros do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika vírus e febre chikungunya. Em 2018, foram registrados, até agora, 54 focos de larva do inseto no município. Na próxima semana, ocorre a mobilização nacional de combate ao Aedes, entre os dias 25 e 30 de novembro.
“A proposta é que as crianças levem o assunto para casa e discutam com seus pais os riscos e perigos em deixar água parada em calhas, vasos, pneus e piscinas”, destaca o responsável pela Vigilância Ambiental, João Batista Soares. “Nestes meses de verão é preciso redobrar a atenção na vistoria dos quintais e das casas, pois as condições climáticas e o aumento da temperatura são favoráveis ao mosquito. Eliminando depósitos e recipientes que possam acumular água, evitamos a sua proliferação”, finaliza Batista.
A secretária municipal de Saúde, Genivalda Ronconi, informa que foram mobilizadas equipes do PSF para atividades de conscientização e prevenção em 27 localidades, com o objetivo de evitar uma epidemia. “Elaboramos um cronograma e estamos visitando escolas, creches e o comércio. A luta contra a dengue não é obrigação apenas do poder público, deve ser uma luta de toda a população”, comenta.
Na manhã desta sexta-feira (23), alunos de uma instituição de ensino particular do município realizaram panfletagem e visita ao comércio, no Centro de Biguaçu e na Praça Nereu Ramos. A ação contou com o apoio da Secretaria Municipal de Saúde, através da Vigilância Sanitária e da Vigilância Ambiental.
Mudança de perfil
O Estado vem passando por uma mudança de perfil relacionado à presença do Aedes aegypti e à transmissão das três doenças. Conforme a Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina (Dive/SC), a infestação atual é a maior já registrada em território catarinense. “Além disso, neste ano ocorreu a circulação de outro sorotipo de dengue, o DEN2. Até então apenas o DEN1 circulava por aqui”, lembra o diretor da Dive/SC, Eduardo Macário.
Os sorotipos da dengue são DEN1, DEN2, DEN3 e DEN4. Com isso, uma pessoa pode contrair a doença até quatro vezes ao longo da sua vida, já que a infecção gera imunidade somente contra aquele sorotipo já adquirido. Os sintomas da doença são os mesmos, independentemente do sorotipo, sendo: febre, dores de cabeça, dor no corpo, dor atrás dos olhos, manchas pelo corpo, entre outros.