A reforma da Previdência do presidente Jair Bolsonaro (PSL) acaba com o pagamento do abono salarial em Santa Catarina e mais quatro estados: Rio de Janeiro, São Paulo, Rio Grande do Sul e Paraná. A informação foi divulgada pelo jornal Folha de S.Paulo nesta segunda-feira (13).
O abono salarial funciona como 14ª salário e, atualmente, é pago pelo governo para trabalhadores quem têm carteira assinada e recebem até dois salários mínimos por mês (R$1.900,00). O valor do abono é de um salário mínimo (R$998).
O texto da reforma da Previdência propõe pagar o benefício apenas a trabalhadores com renda mensal de um salário mínimo nacional, que é de R$ 998. Como no Brasil cada Estado tem autonomia para definir seu próprio salário mínimo, o abono seria cancelado para trabalhadores nas cinco unidades federativas em que vigora piso mais alto do que o nacional. O salário mínimo regional de Santa Catarina foi atualizado para R$ 1.158,00 em 2019, portanto, maior que o piso nacional.
De acordo com a equipe econômica do governo, as mudanças no pagamento do abono serviriam para otimizar o uso do dinheiro público, uma vez que poderiam liberar mais recursos para outros programas e para a assistência social.
Em 2018, o pagamento do abono custou R$ 17,2 bilhões aos cofres públicos. Foram aproximadamente 23 milhões de beneficiários. De acordo com a Folha, se o texto do governo for aprovado, apenas 2,6 milhões de trabalhadores receberiam o benefício.