A Polícia Federal deflagrou, nesta terça-feira (2), a Operação Joias do Oceano, visando apurar esquemas de lavagem de dinheiro mantidos por organização criminosa que traficava cocaína para o exterior por meio do complexo portuário de Itajaí/Navegantes. A ação visa ainda o sequestro de bens móveis e imóveis, que totalizam cerca de R$ 75 milhões.
A deflagração é um desdobramento da Operação Oceano Branco e é resultante da continuidade das apurações por parte do Ministério Público Federal (MPF), Polícia Federal (PF) e da Receita Federal. Além disso, decorre do deferimento de medidas cautelares pelo Juízo da 1ª Vara Federal da Subseção Judiciária de Itajaí.
A operação cumpre 33 mandados de busca e apreensão e um mandado de prisão preventiva, nas cidades de Balneário Camboriú, Joinville, Araquari e São Francisco do Sul, com o objetivo de reunir elementos probatórios complementares, bem como, no caso da prisão, fazer cessar atos de branqueamento de capitais atualmente em curso.
Cerca de 35 integrantes da organização criminosa já haviam sido presos no final de 2017, inclusive os chefes do grupo, quando foram identificadas remessas de mais de 8 toneladas de cocaína para países como Bélgica, Holanda, Itália, Espanha, Turquia e México.
Em continuidade às apurações, identificou-se que os principais investigados possuíam patrimônios milionários em seus nomes e nos de terceiros (parentes, empresas e outros ‘laranjas’), passando então as ações policiais a se concentrar na licitude da aquisição dos bens e nos mecanismos usados para a lavagem do dinheiro do tráfico.
Na operação de hoje, estão sendo sequestrados, apreendidos e bloqueados 25 imóveis, 23 automóveis e caminhões e 5 embarcações, além de maquinário pesado utilizado na logística retroportuária, cujos indícios revelam ter sido adquirido com o dinheiro ilegal do tráfico de drogas.
Vários imóveis são de alto luxo, incluindo-se aí apartamentos nos condomínios mais renomados de Balneário Camboriú, Joinville e São Francisco do Sul, casa de campo e salas comerciais. Os automóveis seguem o mesmo padrão.
*Com informações do MPF e PF.