O Governo do Estado firmou convênio de R$ 720 mil com o Hospital Regional de Biguaçu, para ajudar no custeio e manutenção da unidade visando manter 100% dos atendimentos a usuários do Sistema Único de Saúde (SUS). O documento foi assinado na segunda-feira (4), pelo secretário estadual de Saúde, Helton de Souza Zeferino, e pelo chefe da Casa Civil, Douglas Borba. O valor já foi empenhado para ser repassado em duas parcelas. A parceria tem validade até 28 de fevereiro de 2020 e pode ser renovada.
Em 5 de setembro de 2019, a Beneficência Camiliana do Sul (São Camilo), gestora do hospital, enviou a solicitação da ajuda financeira ao governo estadual. O intermediador das tratativas foi o secretário Douglas Borba, que ficará responsável pela fiscalização da execução do convênio.
A argumentação da proposição foi de que a unidade atende pacientes com procedimentos de baixa e média complexidade (referenciados pelo município); cirurgias eletivas a pacientes de toda a Grande Florianópolis (referenciados pelo Estado), além da maternidade – que abriu em 2018 e funciona de “porta aberta”. Além disso, foi apontado pela São Camilo que existem 22 leitos de retaguarda clínica, onde são internados pacientes enviados pela regulação estadual.
Custeio do hospital
Inaugurado em agosto de 2015 , o Hospital Helmuth Nass funciona com procedimentos de baixa e média complexidade com repasse mensal de R$ 1,2 milhão do Ministério da Saúde. Logo após sua abertura, o governo do Estado chegou a repassar R$ 800 mil por mês para ajudar no custeio, mas logo cortou essa verba alegando queda na arrecadação de impostos. O prefeito Ramon Wollinger (PSD) tentou várias vezes reativar esse repasse, mas o então governador Raimundo Colombo – do mesmo partido do prefeito biguaçuense – não atendeu às reivindicações.
Em agosto de 2018, foi inaugurada a maternidade, com repasse mensal de R$ 350 mil do Estado, assinado pelo ex-governador Eduardo Pinho Moreira (MDB). No último dia 5 de agosto, nasceu o milésio bebê na unidade, que funciona 24 horas por dia, realizando partos normais e cesáreas e atendendo a população de 22 municípios da Grande Florianópolis.
Necessita mais recursos
O hospital funciona apenas com procedimentos de baixa e média complexidade, pois para abrir os centros cirúrgicos de alta complexidade será necessário obter mais ajuda financeira. Atualmente, a maior parte do custeio (R$ 1,2 milhão) vem do Governo Federal. A Secretaria de Estado de Saúde contribui com os recursos para manter a maternidade. Contudo, para que o hospital funcione com 100% de sua capacidade, é preciso que o Estado aporte aproximadamente mais R$ 1 milhão por mês. Isso possibilitaria colocar em funcionamento o setor de urgência e emergência, desafogando outros hospitais da região metropolitana da capital.