A Prefeitura de Biguaçu, por meio da Secretaria de Saúde e equipe técnica médica, esclarece por meio de nota oficial sobre o manuseio medicamentoso ambulatorial precoce para pacientes com suspeita ou confirmados com o novo coronavírus (SARS-COV-2). Segundo o documento, dirigido principalmente à classe médica que atua na rede pública de saúde do município, a prescrição do medicamento Hidroxicloroquina está autorizado e não é obrigatório. Para isso, os médicos deverão solicitar o aceite a esses medicamentos pelos pacientes ou familiares.
A nota assegura que os médicos não cometerão infração ética ao receitar esses medicamentos no enfrentamento da pandemia com base no parecer do Conselho Federal de Medicina (CRM) nº 4/2020 e em nota oficial do Conselho Regional de Medicina de Santa Catarina (Cremesc), de 29 de junho de 2020.
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O documento emitido pela Prefeitura esclarece ainda que a equipe médica técnica deverá elaborar uma Nota Técnica de proposta de manuseio medicamentoso ambulatorial e não um documento protocolar, “deixando claro que cabe ao médico assistente a decisão de fazer uso da Hidroxicloroquina, juntamente com o aceite do paciente de fazer uso do mesmo”, levando em conta a contraindicação do medicamento para determinados grupos da população.
A Hidroxicloroquina poderá ser receitada aos pacientes nas fases iniciais da doença, antes do quinto (5º) dia de sintomas, conforme resultados registrados por médicos da linha de frente, com “relatos de evolução favorável com redução na necessidade de internação hospitalar e óbitos”, destaca a nota da Prefeitura.
Os pacientes que aceitarem esses medicamentos serão acompanhados pela equipe médica da Secretaria Municipal da Saúde e submetidos a exames de eletrocardiograma e laboratoriais ao início, meio e fim do tratamento. Segundo a nota, além disso, se houver piora do estado de saúde e houver necessidade, conforme julgamento clínico, os pacientes poderão ser submetidos a exame de tomografia computadorizada. Tanto os medicamentos, quanto os exames, serão fornecidos pela Prefeitura, sem custos aos pacientes.
Além do aumento de número de casos em Biguaçu – ontem, 15/07, foram confirmados 576 casos e nove óbitos no município – outro fato que levou à decisão de permitir o uso do medicamento foi o aumento expressivo na ocupação dos leitos hospitalares na região da Grande Florianópolis.
Por fim, a nota reforça as medidas de proteção contra a propagação do Coronavírus, como evitar saídas desnecessárias, uso de máscara, lavagem frequente das mãos com água e sabão ou uso do álcool 70º e manter o distanciamento seguro entre as pessoas.