A investida da Justiça Eleitoral contra o presidente Jair Bolsonaro não deve levar à cassação do atual mandato, mas pode, em última análise, reunir elementos para uma ação que questione o registro de candidatura de Bolsonaro em 2022, caso ele queira disputar a reeleição.
Na segunda-feira, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu abrir um inquérito administrativo para apurar se o presidente cometeu abuso de poder econômico e político, entre outros crimes, pelos ataques que têm deferido ao sistema eleitoral.
Em outra frente, o presidente do TSE, Luís Roberto Barroso, também enviou uma queixa-crime ao Supremo Tribunal Federal (STF) para que Bolsonaro seja investigado no âmbito do inquérito das “fake news”. O pedido deve ser acatado em breve pelo relator, ministro Alexandre de Moraes, que presidirá o TSE durante as eleições do ano que vem.