Com mais 20.305 postos de trabalho formais gerados em agosto, Santa Catarina fortalece a condição de uma das melhores unidades da Federação na geração de empregos. O estado tem um saldo positivo de 158.946 postos formais em 2021 e chega a 234.660 no acumulado dos últimos 12 meses. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados pelo Ministério do Trabalho e Previdência Social nesta quarta-feira, 29.
“Mesmo tendo apenas a décima maior população do Brasil, Santa Catarina é o terceiro estado em geração de empregos. Somos o único no Sul e no Sudeste a aumentar em mais de 10% o número de empregados formais nos últimos 12 meses”, observou o governador Carlos Moisés. Na avaliação dele, o saldo positivo é reflexo da união de esforços entre os setores público e privado. É mérito dos empresários, empreendedores e trabalhadores catarinenses. No que cabe ao Governo do Estado, nossa missão é prover infraestrutura, segurança jurídica e facilidade para a abertura e operação das empresas. Temos um trabalho muito forte nesse sentido”, avaliou.
Em agosto, todos os setores tiveram saldo positivo em Santa Catarina. Os destaques ficaram com os serviços (9.621) e a indústria (6.141). Comércio, construção e agropecuária também contrataram mais do que demitiram, com saldos positivos de 2.982, 1.408 e 153, respectivamente.
Motivos para a geração de empregos em alta
Para o secretário de Estado da Fazenda, Paulo Eli, parte do resultado se deve ao fato de que Santa Catarina está se tornando um grande complexo de comércio exterior. A eficiência dos postos alfandegados faz com que Santa Catarina atraia milhares de empresas por ano. Estes grandes operadores alfandegados são, ainda, aliados a dois importantes fatores para a geração de empregos: a agricultura familiar, vinculada ao agronegócio; e a tradicional diversidade industrial.
“É importante ressaltar o papel do Governo do Estado, em fazer a articulação dos complexos produtivos por meio de segurança jurídica, além da segurança tributária e dos elevados benefícios fiscais que se pagam no processo. Para o estado continuar mantendo os altos índices, é necessário continuar investindo fortemente em infraestrutura de escoamento de produção para mercados nacionais e internacionais, em mobilidade urbana, no turismo, em segurança hídrica e energética, além da segurança pública, área em que vem recebendo os maiores investimentos da história catarinense”, considerou Paulo Eli.
Foto: Maurício Vieira/Secom
O secretário de Estado do Desenvolvimento Econômico Sustentável, Luciano Buligon, atribuiu os resultados positivos à diversificação e ao trabalho conjunto. “Somos um estado pujante com uma economia diversificada, temos vagas abertas em praticamente todos os setores. Dados que colocam a economia catarinense em destaque nacional, acima da média. Muitos desses resultados são consequência de um trabalho em conjunto que fortalece o setor produtivo, atrai novas empresas e incentiva a expansão de outras. Cuidar do emprego e também cuidar da saúde, esta é a receita que mostra que estamos preparados para ter um dos melhores verões da história”, destacou.
Detalhamento dos últimos 12 meses
No período de 12 meses, entre setembro de 2020 e agosto de 2021, recorte que desconsidera a sazonalidade na geração de empregos, Santa Catarina também apresenta dados positivos. O saldo é de 234.660 postos, o terceiro melhor do Brasil, atrás apenas de São Paulo e Minas Gerais, que são os mais populosos do país.
Nesse período, foram 1.380.142 contratações e 1.145.482 desligamentos em Santa Catarina. Entre as admissões, 66.809 foram registradas como o primeiro emprego do trabalhador. Entre os desligamentos, 507.798 foram a pedido do próprio empregado, 426.822 dispensas sem justa causa, 168.033 términos de contratos por prazo determinado e o restante por outras razões, como dispensa por justa causa, aposentadoria, acordo entre empresa e trabalhador ou óbito.
Santa Catarina é o único estado do Brasil onde o número de demissões sem justa causa é menor do que os desligamentos a pedido do empregado. O estado catarinense também tem o menor percentual de vínculos encerrados por óbito do trabalhador. São 0,43% do total de desligamentos nos últimos 12 meses.
Mais de 95% dos municípios com saldo positivo
Dos 295 municípios catarinenses, 283 apresentaram saldo positivo nos últimos 12 meses. Isso representa 95,9% dos municípios com mais contratações do que demissões, o maior percentual do Brasil.