De acordo com estimativa da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico Sustentável (SDE), o PIB catarinense passou de um crescimento de 9,1% nos 12 meses encerrados em junho, para um crescimento de 9,8% nos 12 meses encerrados em setembro, na comparação com os respectivos períodos anteriores. A porcentagem coloca Santa Catarina à frente de São Paulo e entre os maiores estados do país. Esse é um dos destaques do Boletim de Indicadores Econômico-Fiscais lançado nesta segunda-feira, 6, com as atualizações econômicas do Estado.
“Somos reconhecidamente um estado pujante, com uma economia diversificada, referência em inovação e empreendedorismo. Temos saldo positivo de emprego, e a mais baixa taxa de desocupação do país. A meta agora é trabalhar para ampliar a oferta energética e o investimento em infraestrutura e logística para seguirmos competitivos na atração de empresas e das novas oportunidades que estão por vir com o fim da pandemia”, avalia o secretário do Desenvolvimento Econômico Sustentável, Luciano Buligon.
“Após a crise econômica no segundo trimestre do ano passado, marcada pelo isolamento social, pela redução da mobilidade e pela paralisação de amplos setores produtivos, os indicadores econômicos do Estado passaram a exibir uma recuperação gradual e rápida que se estendeu por todo o segundo semestre de 2020 e se intensificou ao longo de 2021”, complementa o economista da SDE, Paulo Zoldan.
Os serviços, um dos setores que impulsionou o crescimento do PIB, teve uma recuperação lenta e gradual a partir da segunda metade do ano, e passou a crescer mais rapidamente ao longo de 2021. Mas deve-se também, ao desempenho da indústria de transformação, que após forte retração no mesmo período, voltou a crescer, inclusive superando o nível de produção pré-pandemia.
O Boletim reúne as mais recentes estatísticas econômicas oficiais do Estado e dados fiscais do Governo, referentes aos últimos dados disponíveis de 2021.
Alguns destaques
Serviços
Os serviços, setor de maior peso no PIB, cresceu 8,5%, sendo que o maior segmento, o comércio cresceu 10,6% nesse período. Todos os demais também já estão crescendo. Os serviços profissionais, técnicos e administrativos (+22,5%), os serviços de informação (8,4%), os transportes (+16,2%), a administração pública (1,8%) e os serviços domésticos (+10,5%). Os serviços prestados às famílias tiveram recuperação mais lenta e tardia, mas já acusam crescimento de 1,2%.
Indústria
A indústria de transformação cresceu 16,9%, sendo que o único segmento que retraiu foi o da fabricação de Produtos Alimentícios (-10,3%). Todos os demais segmentos cresceram. Metalurgia Básica (+54,1%); Máquinas e Equipamentos (+39%); Veículos automotores (+35,6%); Vestuário e Acessórios (+23,8%); Produtos Têxteis (23%); Máquinas, Aparelhos e Materiais Elétricos (+22,3%); Produtos de Borracha e Plástico (+16,7%); Papel e Celulose (+14,5%); Produtos de Madeira (12,8%) e Minerais Não-Metálicos (+10,4%).
Aumento no número de postos de trabalho
O desempenho da economia teve reflexo direto no mercado formal de trabalho. Entre as quinze maiores economias do país, Santa Catarina é o estado de maior crescimento do emprego nos últimos 12 meses (até outubro), 9,6%. A média brasileira apresentou crescimento de 7,5% no período. Para saber mais, acesse aqui.
De acordo com o economista da SDE, Paulo Zoldan, o último trimestre do ano deve ser marcado pela acomodação dos indicadores, como já noticiamos nesta postagem.
Para acessar o boletim de dezembro, clique aqui.
Sobre o Boletim Econômico
O boletim Indicadores Econômico-Fiscais de Santa Catarina traz dados estatísticos da economia e das receitas e despesas do Estado. O boletim reúne as mais recentes estatísticas econômicas oficiais, abrangendo informações sobre o Produto Interno Bruto (PIB), emprego, balança comercial, produção agrícola e industrial e outros. Os dados são atualizados mensalmente.
Texto: jornalista Pablo Mingoti