Assessoria
A adesão ao Plano ABC (Agricultura de Baixa Emissão de Carbono) vem crescendo a cada Plano Agrícola e Pecuário (PAP). A expectativa para o PAP 2014/2015, que termina no dia 1º de julho, é de que as contratações cheguem a R$ 3,2 bilhões, segundo técnicos do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
Os recursos, disponibilizados pelo governo federal, por meio do Mapa, são utilizados pelo produtor rural para a adoção das tecnologias sustentáveis recomendadas pelo ABC, tais como integração Lavoura-Pecuária-Floresta (iPLF), Florestas Plantadas (FP), Tratamento de Dejetos Animais (TODA), Recuperação de Pastagens Degradadas (RPD) e plantio direto na palha.
Faltando apenas dois meses para finalizar o ano-safra 2014/2015, o valor contratado até o momento já ultrapassou o montante de recursos utilizados no mesmo período do ano-safra 2013/2014, que chegou a R$ 2 bilhões.
Segundo dados do Departamento de Sistemas de Produção e Sustentabilidade da Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo (Depros/SDC/Mapa), de julho de 2014 a abril de 2015 já foram investidos R$ 2,9 bilhões, valor próximo da meta a ser alcançada para este ano-safra. No balanço geral do Programa ABC – linha de crédito do Plano ABC – de julho de 2010 a abril de 2015, foram feitos 32,3 mil contratos, totalizando um montante de R$ 10,4 bilhões investidos nas propriedades rurais brasileiras.
O número de contratos firmados no ano-safra 2014/2015 já chega a 6,3 mil, relativos ao período de julho 2014 até abril de 2015. Isso corresponde a um financiamento médio de R$ 467 mil por contrato, de acordo com dados do Depros/SDC.
Técnicas
Até o momento, as principais técnicas do Plano ABC utilizadas pelos produtores rurais foram a Recuperação de Pastagens Degradadas (RPD), com 43% do total dos contratos; o Sistema de Plantio Direto (SPD), com 20%; a técnica de Floresta Plantada (FP) – 12,9% – e a integração Lavoura-Pecuária-Floresta (iLPF), com 5,9% de adesão contratual.
Para a safra 2015/2016, o Plano Agrícola e Pecuário disponibilizou para o Programa ABC R$ 3 bilhões para financiamento das tecnologias sustentáveis que, além de promover benefícios ambientais, aumentam a produtividade e consequentemente a renda do produtor rural. O prazo para pagamento pode chegar a 15 anos, com carência de 3 anos. Os juros para produtores do Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp) são de 7,5% ao ano e para os demais agropecuaristas, de 8% ao ano.
Suinocultura
A produção sustentável de suínos visando à baixa emissão de carbono na atmosfera é uma das prioridades do Ministério da Agricultura, em 2015, para o Plano ABC. Por meio de um acordo de cooperação firmado com o Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA), consultores estão trabalhando para colocar em prática o projeto Suinocultura de Baixa Emissão de Carbono, já que um dos focos do plano é o tratamento de dejetos animais.
Dentro do projeto, os consultores estão analisando modelos e maneiras de economizar carbono na suinocultura. A Suinocultura de Baixa Emissão de Carbono terá amplitude nacional e potencial impacto na economia de carbono, além de valorizar o manejo sustentável e, consequentemente, a redução de resíduos no meio ambiente.