G1/SC
Santa Catarina tem sete casos confirmados de zika vírus, transmitido pelo mosquito aedes aegypti, o mesmo vetor da dengue. Segundo o superintendente de Vigilância em Saúde Fábio Gaudenzi, todos os casos foram contraídos fora do estado.
De acordo com a Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive), esses casos foram identificados em Laguna, no Sul, Florianópolis, Bombinhas, no Litoral Norte, e Gaspar, no Vale. Os pacientes teriam contraído o vírus em viagens à Bahia, Maranhão, Pará e Paraíba.
Recentemente, começou a ser investigada a hipótese de relação entre a infecção por zika vírus e casos de microcefalia em bebês nascidos de mães que contraíram o vírus.
Chikingunya e dengue
De acordo com a autarquia, há três casos de febre chikingunya,também transmitida pelo mosquito aedes aegypti, e 3,5 mil casos confirmados de dengue em Santa Catarina.
Os sintomas das três doenças são muito semelhantes. A orientação das autoridades à população é de que se mantenha em alerta para febre, olhos vermelhos sem coceira e sem secreção, dor de cabeça e nas articulações. Além disso, manchas com coceira, dor na garganta e tosse podem indicar uma dessas doenças .
“As ações de controle do vetor têm que ser constantes durante o ano inteiro. No período do verão, elas são intensificadas, onde as condições climáticas, de calor e chuvas, favorecem a transmissão vetorial. As pessoas com a doença precisam ser rapidamente tratadas e é preciso intensificar ações para evitar a transmissão dentro do estado”, diz o superintendente.
Controle do vetor
De acordo com Gaudenzi, há em Santa Catarina também casos confirmados de febre chikungunya. “Um caso é autóctone, de Itajaí, e dois são importados da Bahia”.
Conforme o superintendente, há 3.593 casos confirmados de dengue em 112 municípios. Destes, 28 municípios são considerados infestados, 3.274 casos são autóctones e 59 ainda estão sob investigação.
“A partir da suspeita de uma dessas três doenças é coletado sangue do paciente, que é encaminhado para o laboratório central de saúde pública em Florianópolis, e a partir de então, uma rotina de exames, de acordo com um protocolo do Ministério da Saúde, é realizado. Caso necessário, esse material vai para fora do estado, para confirmação”, afirma.
Fábio Gaudenzi declarou que a presença do estado, onde há infestação do mosquito transmissor do zika, do chikungunya e da dengue, é fundamental para ações contínuas de controle do vetor.
“Os municípios têm dado uma colaboração fundamental para divulgar em escolas e outros grupos informações para controlar a proliferação do mosquito”, finaliza.