Diante da inércia do Departamento Estadual de Infraestrutura (Deinfra) que prometeu, mas até agora não começou a operação tapa-buracos na SC-407, lideranças comunitárias começaram a organizar um manifesto para bloquear a rodovia que liga Biguaçu a Antônio Carlos. As conversações iniciaram neste domingo e devem ganhar corpo no decorrer de hoje.
No dia 30 de novembro, quando houve a audiência pública na Câmara de Biguaçu para debater as péssimas condições em que se encontra a rodovia estadual, o presidente do Deinfra, Wanderley Agostini, havia garantido que as máquinas começariam os trabalhos nos próximos dias. Ele anunciaria a data exata na última quarta-feira (2), mas isso não ocorreu.
O líder comunitário Ivar Luiz dos Santos é um dos que encabeça a mobilização. Ele informou ontem, por meio de um comunicado, que o prazo para observar o posicionamento do Deinfra com relação à obra emergencial era até sexta feira (3). “Como nem um único buraco foi tampado, estamos convocando a população de Biguaçu e Antônio Carlos, para manifestação e fechamento da SC-407”.
Ainda não há data para que o bloqueio da rodovia aconteça, mas, segundo Ivar, as autoridades já podem ficar de sobreaviso a partir desta segunda-feira. “Fecharemos a 407 no sentido a Antônio Carlos, logo após o Hospital Regional, antes da primeira curva. Assim, responderemos ao descaso, afronta do Governo do Estado, para com a população e empresários”, avisou.
A presidente da Associação Empresarial e Cultural de Biguaçu (Acibig), Sandra Molinaro, que também é uma ativista em prol de melhorias na estrada, ponderou aguardar durante esta segunda-feira, para que o presidente do Deinfra se manifeste diante da informação de que a via será bloqueada. “Para então tomarmos outra atitude. Entendo também como falta de respeito [a inércia do governo] a todos que trafegam na rodovia”, interagiu.
O trecho que liga os dois municípios possui 14 km de uma estrada sinuosa, com tráfego de veículos pesados, pois escoa a produção da maior fábrica de refrigerantes no Estado. Também o fluxo da produção de hortaliças provenientes do interior de Antônio Carlos, de gramas ornamentais cultivadas no Alto Biguaçu e da distribuidora da Petrobrás na região.
Entre os problemas mais evidentes estão a má conservação ao longo de toda a estrada – com centenas de buracos de variados tamanhos -, a ausência de acostamento em toda a sua extensão, acidentes constantes devido a ultrapassagens perigosas e falta de sinalização (faixa).