O presidente Jair Bolsonaro (PL) defendeu, nesta segunda-feira (8), em entrevista ao Flow podcast, que o Exército possa comprar Viagra e próteses penianas com dinheiro público. “Se o elemento [militar do exército] quebrou o instrumento [pênis] dele, o cara tem direito a tratamento”, afirmou o presidente. “E elas atenderam só 20 ou 30 pessoas. Quer dizer que no Exército só tem 20 brochas, pô?”, completou.
Sobre os comprimidos de Viagra, Bolsonaro também afirmou que a quantidade adquirida pelo Exército – ele mencionou 300 mil – foi proporcionalmente pequena e que o remédio é usado para além da disfunção erétil, no tratamento de outras questões que envolvam vasodilatação.
Em abril, o Tribunal de Contas da União (TCU) abriu uma investigação sobre a compra de 60 próteses penianas infláveis pelo Exército por R$ 3,4 milhões após a aquisição ser aprovada pelo Ministério da Defesa.
Bolsonaro ainda defendeu a compra de leite condensado pelas Forças Armadas, outra aquisição questionada durante seu mandato, e repetiu a tese de que o produto serve para ‘dar energia’ a militares. “Eu usei quando eu tava [sic] no campo lá em 2004, porque é uma bomba calórica, né?”, disse.
Em 2020, o governo federal gastou cerca de R$ 15,6 milhões com leite condensado. Os dados estão no painel de compras do governo, ligado ao Ministério da Economia, e foram apresentados em reportagem publicada pelo portal Metrópoles.
O Ministério da Defesa é o órgão que mais comprou leite condensado no ano. A despesa despertou uma série de críticas nas redes sociais e cobrança de explicações por parte de integrantes da oposição.