A Polícia Federal fez busca e apreensão em um endereço localizado em Biguaçu, na quinta-feira (17), durante operação que investiga desvios de R$ 25 milhões no período de 2014 a 2019, de prefeituras de Santa Catarina, Paraná e São Paulo. Também foram cumpridos mandados em Curitiba/PR e Prudentópolis/PR.
A investigação partiu da Receita Federal e da Superintendência da PF do Paraná. Conforme nota publicada no site da PF, os alvos seriam integrantes de uma organização criminosa montada para desviar dinheiro de secretarias de saúde de vários municípios. Os nomes dos envolvidos e das cidades que eles atuam não foram divulgados.
Biguá News entrou em contato com a assessoria da Polícia Federal para saber os detalhes, como o nome dos investigados e em quais municípios eles atuaram entre 2014 e 2019, mas até a publicação desta notícia não obteve retorno.
EMPRESAS DE FACHADA
O ponto de partida para o inquérito foi uma Representação Fiscal para Fins Penais da Receita Federal trazendo à luz atividades suspeitas de institutos alvos dessa operação, que envolveu seus principais gestores.
A organização criminosa se valeu da criação de duas entidades do terceiro setor e de uma rede de empresas de fachada, criadas em nome de laranjas. Fazendo uso de tal estrutura, simularam diversos contratos, cuja prestação de serviços era inexistente, visando desviar mais de R$ 25 milhões, no período de 2014 a 2019, recebidos mediante termos de parceria com municípios brasileiros
Os valores desviados não se limitaram apenas a transações financeiras, incluindo, também, a aquisição de imóveis, veículos, pagamentos de despesas pessoais e transferências diretas para contas de investigados e parentes.
Os investigados responderão pela prática dos crimes de falsidade ideológica, corrupção passiva, sonegação de contribuição previdenciária, crimes tributários, lavagem de dinheiro e organização criminosa e, caso condenados, poderão ter aplicação de penas superiores a 45 anos de reclusão.
“A Operação revela mais um caso alarmante de corrupção sistêmica, demonstrando a necessidade de vigilância contínua e aprimoramento dos sistemas de controle para garantir a integridade dos recursos públicos“, pontua a Polícia Federal.