Assessoria
Entre tratamento em áreas de foco e denúncias encaminhadas à Ouvidoria, a Prefeitura de Florianópolis atende a cerca de 30 mil imóveis por mês. Vinte mil deles são decorrentes dos trabalhos de tratamento em áreas de focos do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya.
A este número, que cresce a cada dia, somam-se as denúncias feitas à Ouvidoria, pelas redes sociais, além dos chamados pontos estratégicos (floriculturas, cemitérios, borracharias e ferros-velhos, entre outros), os pontos onde há armadilhas para o vetor e as visitas a locais onde são detectados casos suspeitos da doença.
Para a gerente de Vigilância Epidemiológica, Ana Cristina Vidor, a tendência é que esses números aumentem cada vez mais com a chegada do calor. Mas grande parte das denúncias – quase 80% delas – não seriam necessárias, caso cada morador e trabalhador da Capital cuidasse dos criadouros do mosquito dentro de suas casas, terrenos e estabelecimentos comerciais.
Nas visitas aos atuais 20 mil imóveis em tratamento, os agentes de combate a endemias passam orientações sobre prevenção, eliminam criadouros do mosquito e aplicam larvicida onde há focos confirmados do Aedes aegypti. Além disso, há outros 1,5 mil pontos visitados a cada sete dias, onde estão as armadilhas instaladas pelo poder público para detecção dos focos.
Outros 190 pontos estratégicos – como são chamados os estabelecimentos comerciais com potencial maior para se tornar criadouro do vetor – são fiscalizados a cada 15 dias pelas equipes. Além disso, o Programa de Combate à Dengue atende a mais 5 mil imóveis nas áreas onde há pessoas com suspeita de contaminação por um dos três vírus transmitidos pelo Aedes aegypti.
Denúncias
Há também uma equipe exclusiva para atendimento a denúncias provenientes da Ouvidoria – 30, em média, por semana. As denúncias são encaminhadas ao Programa de Combate à Dengue, que faz o trabalho de análise e contenção dos possíveis focos. Em média, levam de sete a 15 dias para a resposta sobre a reclamação.
A Ouvidoria da Secretaria Municipal de Saúde é o canal de comunicação da população para denunciar possíveis focos do mosquito transmissor da dengue. Os telefones são (48) 3239-1537 ou 3239-1569. Há também um espaço da ouvidoria para denúncia on-line, na página da Secretaria de Saúde (WWW.pmf.sc.gov.br/entidades/saude).
Contratação
Para dar conta de todo esse trabalho que cresce a cada dia, estão abertas as inscrições do processo seletivo para contratação de agentes de combate a endemias, neste link. A contratação dos agentes soma-se à intensificação dos trabalhos do Programa de Combate à Dengue, com operações integradas de caça ao Aedes aegypti por todo o verão, envolvendo as principais secretarias da Prefeitura de Florianópolis, a Comcap e a Polícia Militar, entre outras entidades.
Mutirão
Para este sábado, atendendo à convocação do Governo do Estado para uma grande mobilização em todos os municípios de combate ao Aedes aegypti, a Secretaria de Saúde de Florianópolis fará a visita a pelo menos 60 imóveis em Capoeiras, no Continente. A ideia é recuperar aqueles que foram visitados durante a semana, mas não havia ninguém para atender os agentes.
Números
Embora não tenha registrado casos autóctones dessas doenças até o presente momento, Florianópolis encontra-se especialmente vulnerável, seja pela grande e crescente quantidade de focos, seja pelo esperado aumento de pessoas infectadas nos próximos meses (moradores viajando ou turistas vindos de áreas de transmissão). Quatro das cinco regiões do município já registram a presença de Aedes aegipty e a região continental apresenta especial vulnerabilidade, já que concentra mais de 80% dos focos registrados.
A capital catarinense segue sem registros de contaminação de dengue, zika ou chikungunya dentro do próprio território. Como Florianópolis não é área de transmissão dessas doenças (dengue, zika ou chikungunya), não se justifica nenhuma ação restritiva à gestação no momento. O município está atuando em uma grande sensibilização dos serviços de saúde para que identifiquem e notifiquem imediatamente qualquer caso suspeito, o que tem sido monitorado de perto pela Vigilância Epidemiológica.