A Polícia Civil de Santa Catarina realizou operação policial em Florianópolis para dar cumprimento a mandado de prisão expedido em desfavor de uma estudante universitária do Curso de Direito, que está sendo investigada por seu envolvimento com organização criminosa. A prisão ocorreu nesta terça-feira (20).
Após a deflagração da 2ª fase da operação “Tio Patinhas”, que visava cumprir 69 mandados de busca e apreensão e três ordens de sequestro de bens, chegou ao conhecimento da DRACO/DEIC inúmeros relatos de que a operação havia “vazado” e que diversos investigados haviam sido avisados previamente sobre a data da operação policial, o que prejudicou o cumprimento das ordens judiciais.
Diante de tais informações, foi instaurado Inquérito Policial para apurar a prática dos crimes de associação ao tráfico, participação em organização criminosa e violação de sigilo funcional.
Após parecer favorável da 39ª Promotoria de Justiça da Capital e de decisão favorável do Juízo da Vara de Garantias da Região Metropolitana de Florianópolis, obteve-se a autorização judicial pela quebra de sigilo de dados, conseguindo-se, assim, identificar que uma ex-estagiária do Fórum da Capital havia acessado indevidamente os autos daquela investigação sigilosa inúmeras vezes, realizando grande parte dos acessos no período da madrugada e de sua própria residência durante o final de semana que antecedeu a operação “Tio Patinhas 2”. Diante disso, foi acionado o Núcleo de Inteligência do Tribunal de Justiça, que prestou total apoio nas investigações.
Então, nesta manhã (20/08), cerca de 13 policiais civis da DRACO/DEIC e do NIS/TJSC deram cumprimento a um mandado de busca e apreensão e um mandado de prisão temporária expedido em desfavor da ex-estagiária.
As investigações continuam para apurar o envolvimento de advogados e de outros indivíduos que atuam nesse complexo esquema criminoso, associado ao tráfico de drogas e à organização criminosa, voltado ainda à violação do sigilo de investigações sensíveis.