A Polícia Civil de Santa Catarina deflagrou, na terça-feira (29), a operação ‘Black Tape”, com o objetivo de cumprir oito mandados de prisão e oito de busca e apreensão, em São José. As diligências resultaram na prisão de quatro pessoas. Além disso, foram arrecadados aparelhos celulares e outros objetos de interesse para a investigação.
O grupo é acusado de cometer vários crimes na região da Grande Florianópolis, incluindo o roubo a uma loja de celular em Biguaçu, no dia 31 de dezembro de 2024. Naquela ocasião, um indivíduo armado chegou ao local em uma motocicleta acompanhado de um comparsa e anunciou o assalto.
Entenda o caso
Foram apreendidos materiais pela Polícia Civil, em 28 de janeiro de 2025, com suspeitos de um roubo, ocorrido em novembro de 2024, em uma residência no bairro Madri, em Palhoça. A análise desses materiais revelou a existência de célula de uma organização criminosa catarinense, que atuava com o objetivo de cometer assaltos na Grande Florianópolis.
Além do roubo ocorrido no bairro Madri, foi identificada a participação do grupo em outros crimes. Sendo um deles, o roubo ocorrido em Biguaçu.
Também foi apurada a participação em um roubo à residência no Sertão do Maruim, em São José, no dia 7 de janeiro de 2024, quando quatro pessoas armadas adentraram a casa e, mediante grave ameaça, subtraíram vários objetos e um veículo.
A investigação
A investigação apontou que, em todos os roubos praticados pelo grupo criminoso, houve planejamento prévio para garantir o sucesso da empreitada criminosa. No roubo ocorrido no bairro Madri, dois integrantes do grupo foram responsáveis pelo assalto, enquanto um terceiro prestou auxílio material, escondendo os objetos roubados em sua residência.
Em Biguaçu, no roubo à loja de celulares, a divisão de tarefas ficou mais evidente. Um integrante do grupo foi responsável, após receber informações sobre a loja, por levantar dados sobre os produtos disponíveis para venda e identificar o endereço do estabelecimento.
Além disso, forneceu a “fita preta” para ser utilizada na placa da motocicleta, com o objetivo de dificultar a identificação por parte da polícia – da mesma forma que foi feito na motocicleta usada no roubo do bairro Madri, em Palhoça. O veículo, a arma de fogo e um dos autores do roubo (motociclista) foram providenciados por outro integrante do grupo.
No roubo ocorrido em São José, no dia 7 de janeiro, os preparativos foram previamente organizados por um integrante do grupo – que monitorou por dias o local antes da empreitada criminosa.
Participaram da operação os policiais da DIC de Palhoça, da DIC da Capital, da DIC de São José, da DPCO de Biguaçu, da 1ª DP da Capital, da 2ª DP da Capital, DP do Continente e Guarda Municipal de São José.