A balança comercial do agronegócio encerrou 2015 com US$ 88,2 bilhões em exportações. O montante caiu 8,8% em relação aos US$ 96,7 bilhões exportados no ano passado. A redução deve-se à queda dos preços das principais commodities (produtos básicos com cotação internacional) agrícolas vendidas pelo Brasil, tais como soja e carne.
Apesar da queda no valor exportado, a participação dos produtos do agronegócio na balança brasileira, de 46,2%, foi a maior registrada pelo Ministério da Agricultura. Em 2014, a participação agrícola na pauta de exportações havia ficado em 43%.
A balança comercial agrícola encerrou o ano passado com superávit (exportações maiores que importações) de US$ 75,1 bilhões, 6,24% inferior aos US$ 80,1 bilhões registrados em 2014. Do lado das importações, o agronegócio adquiriu US$ 13 bilhões em produtos no exterior, o que representou queda de 21,3% em relação aos U$ 16,6 bilhões em compras externas em 2014.
Apesar da queda no valor das exportações e no superávit do agronegócio em relação a 2014, o volume embarcado e o dólar valorizado deram fôlego ao setor em 2015, avalia a secretária de Relações Internacionais do Agronegócio do Ministério da Agricultura, Tatiana Palermo.
O motivo da queda foi o recuo nos preços das principais commodities (produtos básicos com cotação internacional) agrícolas vendidas pelo Brasil. O volume embarcado, no entanto, evitou um recuo mais acentuado no valor exportado.
No caso de alguns produtos, o total vendido ao exterior foi recorde anual. É o caso da soja em grão, com 54,3 milhões de toneladas; do milho, com 28,9 milhões de toneladas e da celulose, com 11,9 milhões de toneladas; do café verde, com 2 milhões de toneladas e do frango in natura, com 3,9 milhões de toneladas.
Tatiana Palermo atribuiu o bom desempenho desses e de outros itens ao esforço do ministério na abertura de mercados em 2015. Ela destacou que o dólar foi um fator favorável aos exportadores. “[Por causa do dólar em alta] a atividade exportadora continuou sendo remuneradora, mesmo com a alta do preço dos insumos importados”, comentou.