Um caso suspeito de febre zika vírus está sendo investigado no município de São José e outro foi confirmado em Florianópolis, segundo informou a Diretoria de Vigilância Epidemiológica do Governo do Estado, em comunicado feito nesta terça-feira à noite. Outros dois registros suspeitos na capital já foram descartados neste ano.
Em todo o Estado, entre os dias 1 a 19 de janeiro, foram notificados 17 casos suspeitos de zika vírus. Destes, quatro foram confirmados, dois foram descartados e 11 permanecem em investigação. Todos os casos confirmados são “importados” e foram confirmados pelo critério clínico-epidemiológico (após diagnóstico diferencial negativo para dengue, sarampo, rubéola e parvovírus). Estes casos foram identificados em Braço do Norte, Florianópolis e Ipuaçu, e o provável local de infecção foram os estados do Mato Grosso, Rio de Janeiro e Sergipe.
Em 2015, foram notificados 76 casos, dos quais nove foram confirmados (identificados em Itapema, Laguna, Florianópolis, Bombinhas, Gaspar e Pomerode, todos importados, confirmados pelo critério clínico-epidemiológico), 44 foram descartados e 23 permanecem em investigação. Em relação ao boletim anterior (divulgadono dia 11 de janeiro), foi confirmado mais um caso de zika vírus, importado, no município de Itapema.
O zika vírus uma doença causada pelo vírus zika (ZIKAV), transmitido pela picada do mesmo vetor da dengue, o Aedes aegypti, infectado. Pode manifestar-se clinicamente como uma doença febril aguda, com duração de 3-7 dias, geralmente sem complicações graves.
Mais de 80% das pessoas infectadas não desenvolvem manifestações clínicas. Porém, quando presentes, a doença se caracteriza pelo surgimento do exantema maculopapular pruriginoso, febre intermitente, hiperemia conjuntival não purulenta e sem prurido, artralgia, mialgia, edema periarticular e cefaleia. A artralgia pode persistir por aproximadamente um mês.
A partir de abril de 2015, o Brasil vem detectando casos de febre do zika vírus. Atualmente, há circulação do ZIKAV em 19 estados do país. Recentemente, foi observada uma correlação entre a infecção pelo ZIKAV e a ocorrência de Síndrome de Guillain-Barré (SGB) e casos de Microcefalia no Nordeste do Brasil. Esta hipótese está em investigação e foi decretada “Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional”.
Em Santa Catarina, seguindo orientações do Ministério da Saúde, a vigilância de zika vírus foi implantada em unidades sentinelas localizada em cinco municípios catarinenses. Essas unidades sentinelas têm como características essenciais o atendimento de parcela representativa da população, ser um serviço de pronto-atendimento, possuir boa articulação com a vigilância epidemiológica e capacidade para coletar, processar, armazenar e encaminhar amostras laboratoriais:
Florianópolis: Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Sul e UPA Norte; Chapecó: Pronto Atendimento Efapi;
Itajaí: Pronto Atendimento São Vicente; Joinville: Pronto Atendimento Sul; São Miguel do Oeste: Unidade de Pronto Atendimento (UPA)Leonardo Weissheimer.
Além da Vigilância sentinela, a Diretoria de Vigilância Epidemiológica também monitora casos suspeitos de zika vírus oriundos de outros estados (importados), com o objetivo de desencadear ações oportunas de controle vetorial.
A informação é da assessoria.