A vereadora Salete Orlandina Cardoso (PL) está afastada dos trabalhos legislativos da Câmara de Biguaçu desde o dia 2 de agosto, quando ela apresentou à Mesa Diretora um atestado médico determinando o afastamento pelo período de 15 dias. O psiquiatra Rafael Goulart afirmou que Salete está em tratamento com diagnóstico de depressão.
Com isso, Salete não compareceu às sessões da Câmara nas duas últimas semanas, bem como não foi ao seu gabinete na sede do Poder Legislativo. O atestado também impossibilitou o depoimento dela à CPI que investiga se ela foi “funcionária fantasma” da Prefeitura de Biguaçu. Entre os anos de 2019 e 2020, Cardoso teve mais de 200 faltas injustificadas ao local de trabalho. Um processo administrativo finalizado em julho determinou a demissão da servidora municipal, que era concursada desde o ano de 2008. A CPI poderá culminar com a perda do seu mandato, caso a maioria dos vereadores entenda que ela faltou com decoro por receber mais de 200 dias de salário da Prefeitura sem bater ponto ou justificar ausências.
Ativa nas redes
Porém, mesmo em tratamento médico por quadro depressivo, Salete não deixou de atualizar suas redes sociais. No seu perfil pessoal no Facebook, a vereadora se manteve ativa durante essas duas semanas. Desde o dia 2 de agosto (quando apresentou o atestado à Câmara) até esta sexta-feira (13), Salete fez 11 postagens – média de uma por dia.
Ela fez homenagens a atletas que ganharam medalhas nas Olimpíadas de Tóquio, relembrou fatos de anos anteriores, homenageou o Dia dos Pais, fez cobrança por vacinas contra Covid-19, e respondeu comentários de amigos e seguidores. O seu Instagram também foi atualizado com a mesma frequência. Nenhuma das postagens até este momento fez alusão ao seu quadro depressivo.
Acareação na CPI
Enquanto Salete está de atestado, a CPI que a investiga não consegue intimá-la para comparecer a uma acareação marcada para a próxima quarta-feira (18), entre ela, o chefe de gabinete dela e ex-secretário de Esportes, Cultura, Turismo e Lazer, Ronnie Marks Maciel (na época, indicado por ela para o cargo), e mais dois servidores da Secetul – um efetivo e outro que foi comissionado indicado por Cardoso.
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