Santa Catarina registrou queda de arrecadação de 6% no primeiro quadrimestre de 2016 em comparação com o mesmo período do ano passado. O resultado leva em conta um crescimento de 3,3% (Receita Líquida Disponível) e uma inflação acumulada de 9,28%. O pior resultado foi em abril, queda de 8,6%.
Um dos setores com maior queda no quadrimestre foi o de importações, com -38,5% em relação ao acumulado do quadrimestre do ano passado. “O mais preocupante é que 2016 já considera uma base ruim, que foi 2015, ano em que houve decréscimo de quase 3% nas importações”, explica o secretário da Fazenda, Antonio Gavazzoni.
As exportações, que já haviam sofrido queda superior a 8% no primeiro quadrimestre de 2015, agora caíram quase 12%. Quando a comparação é feita sobre 2014, o decréscimo ultrapassa 20%. A maior queda foi no segmento de máquinas, aparelhos e materiais elétricos. “São reflexos inevitáveis da crise, que ficam bem explícitos no comércio exterior. Mas outros setores importantes também não escaparam do revés geral na economia”, diz o secretário.
Um deles é o metal mecânico, cuja arrecadação diminuiu 13,9% no quadrimestre. Na sequência, o pior desempenho foi no setor de material de construção, termômetro importante do movimento econômico, que caiu 7% no Estado. O resultado reflete a queda superior a 20% das vendas de material de construção no país, segundo dados da Associação Brasileira de Materiais de Construção.
Outro setor importante, o de telecomunicações, apresentou queda de 4,9%. No de veículos e autopeças, a arrecadação diminuiu 4,6% no quadrimestre. Um fato curioso é que houve desempenho positivo no setor de autopeças. Com a diminuição na venda de veículos, aumentou a procura por manutenção e reposição de componentes nos usados.
“Outros setores que pesam bastante na arrecadação global, como os de combustíveis bebidas, ainda apresentam bom desempenho por conta da temporada de verão e do turismo, mas a tendência é de queda. O quadro reforça a importância ainda maior da gestão do gasto público”, diz Gavazzoni.
Para 2016, a Fazenda trabalha com projeção de crescimento de apenas 1% sobre o ano passado.
Assessoria de Comunicação