O Banco Mundial começa o ano mais pessimista, prevendo que a economia mundial tenha crescido 2,4% em 2015 e que avance 2,9% em 2016, menos 0,4 pontos percentuais do que tinha antecipado em junho.
No relatório Perspetivas Econômicas Globais, de janeiro de 2016 e divulgado nesta quarta-feira (6), o Banco Mundial afirma que o “fraco crescimento verificado entre as economias emergentes vai pesar no crescimento mundial em 2016, mas a atividade econômica deve recuperar modestamente para um ritmo de crescimento de 2,9%, depois de um crescimento de 2,4% em 2015, com as economias desenvolvidas ganhando força”.
As previsões para os dois anos estão 0,4 pontos percentuais abaixo do que a instituição tinha previsto em junho, quando divulgou o relatório Perspetivas Econômicas Globais do período.
O Banco Mundial estima que as economias desenvolvidas tenham crescido 1,6% em 2015 e que avancem 2,1% este ano, com os Estados Unidos e o Reino Unido crescendo mais de 2% em 2016.
De acordo com a instituição, os países da moeda única europeia cresceram 1,5% em 2015 e devem apresentar crescimento econômico de 1,7% em 2016.
A Rússia contribui negativamente para o crescimento das economias desenvolvidas, caindo 3,8% em 2015 e 0,7% em 2016.
No entanto, o Banco Mundial está preocupado com a “fraqueza simultânea da maioria dos mercados emergentes” e com o impacto que um crescimento econômico fraco possa ter na redução da pobreza.
“Mais de 40% dos pobres a nível mundial vivem nos países em desenvolvimento, onde o crescimento econômico abrandou em 2015”, afirmou o presidente do Banco Mundial, Jim Yong Kim.
A instituição, com sede em Washington, estima que as economias em desenvolvimento tenham crescido 4,3% em 2015 e que venham a avançar 4,8% em 2016, salientando “as grandes disparidades” entre os países do grupo.
Por exemplo, a economia da Índia deverá encabeçar as que mais crescem em 2016, avançando 7,8% ano. Já o Brasil será o único a entrar em recessão este ano, caindo 2,5%.
Para o vice-presidente e economista-chefe do Banco Mundial, Kaushik Basu, “uma combinação de políticas orçamentais e monetárias pode ajudar a mitigar riscos e a apoiar o crescimento”.