O Banco Central (BC) recebeu, no início do mês, uma proposta das empresas do setor de cartões que estabelece a substituição da modalidade de pagamento “parcelado sem juros” em cartões de crédito por um “modelo crediário” que virá a ser oferecido ao consumidor, informaram duas fontes anônimas ao Valor Econômico.
De acordo com o principal jornal de economia do país, a proposta é de que os consumidores tenham que adquirir um crediário para poder parcelar compras no cartão, a partir do limite concedido pelo banco.
No momento do pagamento, os clientes irão ver, na máquina do cartão de crédito, quais são as prestações e despesas com juros da compra. Ainda que hoje a possibilidade de parcelamento seja oferecida “sem” a cobrança de juros, o valor cobrado considera diversas taxas embutidas – e por isso, em casos de pagamento à vista, o valor cobrado tende a ser menor.
A mudança impactaria principalmente os lojistas: hoje são eles que determinam a oferta do pagamento parcelado, além de receberem a primeira parcela 30 dias após a transação. A proposta prevê que eles recebam o pagamento do banco cinco dias após a operação – e que a instituição fique responsável pelos riscos.
Para que seja atraente para os clientes, a ideia dos bancos é de oferecer um produto com taxas e prazos “muito competitivos”, segundo o jornal.