Da Assessoria – A Prefeitura de Biguaçu, através da Secretaria Municipal de Saúde e do Setor de Vigilância Ambiental, intensificou nos últimos dias o monitoramento e fiscalização no município para prevenção e combate a focos de larva do Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue. O trabalho, que é ampliado nos meses do verão quando as temperaturas são mais elevadas e propícias ao surgimento de focos, ganhou mais atenção devido à confirmação de casos da doença na Grande Florianópolis.
De acordo com nota enviada pela Secretaria de Estado da Saúde através da Coordenadoria de Serviços Descentralizados da Grande Florianópolis, entre os pacientes cujo o resultado foi positivo, um homem com idade de 31 anos é morador de Biguaçu. O comunicado enviado à Prefeitura informa que o paciente possui vínculo epidemiológico com três casos confirmados autóctones do município de Florianópolis, uma vez que trabalham no mesmo local.
Além da confirmação de vínculo epidemiológico do morador diagnosticado com dengue, o último Boletim Epidemiológico da Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina (Dive/SC) deixa Biguaçu fora da relação de municípios considerados infestados pelo mosquito. Além da dengue, o Aedes é também transmissor de zika vírus e da febre de Chikungunya.
Atualmente a Vigilância Ambiental monitora 188 armadilhas, em 27 localidades do munícipio. Diariamente, 40 tubos com amostras de larvas são encaminhados à 18ª Regional de Saúde de São José para análise. Neste ano, 32 focos foram identificados na cidade, a maioria deles nos bairros Bom Viver e Mar da Pedras.
Segundo a secretária municipal de Saúde, Genivalda Ronconi, “com a identificação de focos, as equipes do Programa de Saúde da Família (PSF) foram mobilizadas e estão auxiliando numa campanha de conscientização e prevenção”. Com o início do ano letivo nesta quarta-feira (13), visitas serão realizadas nos Centros de Educação Infantil (CEIMs) e escolas do município a fim de divulgar a importância de eliminar água parada e criadouros do mosquito.
O coordenador da Vigilância Ambiental, João Batista Soares, destaca que por ser cortado pela BR-101, rodovia com grande tráfego de veículos vindos de outros estados, Biguaçu está inserido dentro de uma área de risco para entrada do mosquito. “É preciso redobrar a atenção e eliminar depósitos e recipientes que possam acumular água evitando a proliferação”, completa.
Como eliminar os criadouros do mosquito?
Elimine qualquer objeto que possa acumular água, como as partes de garrafas de vidro utilizadas em cima dos muros;
Guarde pneus velhos e outros objetos que possam acumular água em locais secos e abrigados da chuva. Mantenha os ralos vedados e desentupidos;
Conserve a caixa d’água com a tampa completamente vedada e cubra o “ladrão” com tela. Retire a água acumulada da laje;
Lave semanalmente, com escova, a parte interna dos tanques utilizados para armazenar água e mantenha-os sempre tampados;
Bloqueie o cano de sustentação da antena parabólica para que não acumule água em seu interior;
Mantenha as calhas para água da chuva desentupidas;
Evite usar pratos nos vasos de plantas. Se usar, coloque areia até a borda;
Trate a água de piscinas com cloro e limpe-as uma vez por semana. Utilizar uma capa como cobertura não impede os focos do mosquito;
Lave, com escova, os potes de comida e de água dos animais uma vez por semana, no mínimo;
Coloque latas, tampas de garrafas, cascas de ovos e outras embalagens vazias em sacos plásticos bem fechados antes de descartá-los. Mantenha-os fora do alcance de animais até o recolhimento.
Principais sinais e sintomas de doenças transmitidas pelo Aedes aegypti
Dengue: febre alta, dor atrás dos olhos, dor muscular intensa.
Chikungunya: febre alta, dor intensa nas articulações, que pode causar limitação dos movimentos.
Zika: febre baixa, manchas avermelhadas pelo corpo com coceira, inchaço nas articulações.
Quem apresentar esses sinais e sintomas deve tomar muita água, não se automedicar e procurar a unidade de saúde mais próxima.