Da Assessoria – A Secretaria de Educação de Biguaçu está investindo na capacitação dos profissionais que atuam na Rede Municipal de Ensino. Na última semana, foram promovidos seminários para a Educação Infantil e agora é a vez da Educação de Jovens e Adultos (EJA). O evento, que foi realizado quinta e sexta-feira (21 e 22/06), lotou o auditório David Crispim Corrêa, com o tema “Um novo olhar para a Educação de Jovens e Adultos de Biguaçu”.
A abertura do seminário contou com a participação do prefeito Ramon Wollinger, da secretária municipal de Educação, Kátia Roussenq Bichels, da diretora da EJA, Alice Maria Borba e da diretora de Ensino, Kátia Bernadeth da Silva.
A EJA é uma modalidade de ensino voltada para pessoas que não tiveram acesso aos Ensinos Fundamental e Médio na idade apropriada. No município, estão matriculados 651 estudantes na modalidade, que é oferecida pela Prefeitura para os alunos do Ensino Fundamental e pela Secretaria de Estado da Educação para atender o Ensino Médio, através do Centro de Educação de Jovens e Adultos (CEJA).
“Quero parabenizar a Secretaria de Educação e direção da EJA no nosso município pela organização deste seminário. Tudo o que investimos em Educação é importantíssimo à sociedade e no caso da EJA, temos um olhar especial, pois essa modalidade oferece uma nova chance para as pessoas que por algum motivo não puderam estudar ou continuar com seus estudos, seja porque tiveram que trabalhar, casaram ou outra razão”, destacou o prefeito Ramon.
Em Biguaçu, estão atualmente em operação quatro polos de atendimento da EJA, em diferentes regiões do município: EEB Eloísa Maria Prazeres de Faria, no bairro Praia João Rosa; EBM Fernando Bruggemann Viegas de Amorim, no Jardim Janaína; EBM Olga de Andrade Borgonovo (Bom Viver) e EBM Donato Alípio de Campos (Prado). A idade mínima para ingresso na EJA é de 15 anos para o Ensino Fundamental e de 18 anos para o Ensino Médio.
A aluna Terezinha da Costa Moraes participou da cerimônia de abertura e emocionou a todos contando sobre sua trajetória na EJA. Ela que começou seus estudos na alfabetização, em junho estará se formando no Ensino Médio. “Os professores vão além de apenas ensinar, eles são psicólogos, são amigos e nos incentivam sempre a seguir em frente. Eu, que tinha vergonha de preencher uma ficha com meus dados, pois não sabia ler e escrever, agora estou aqui dando palestra. Eu sempre falo: antes, estava vendada e hoje posso afirmar, que os professores tiraram essa venda dos meus olhos para enxergar o mundo”, afirmou.
Antes das atividades do seminário, os presentes puderam se descontrair com uma apresentação folclórica encenada pela professora Ana Maria Homem Bosquetti Mateus, com uma personagem manezinha.
Os trabalhos foram iniciados com a apresentação de Elenita Eliete de Lima Ramos, sobre “A Educação de Jovens e Adultos na relação com a Educação Profissional”. Elenita é professora titular e pesquisadora do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Santa Catarina (IFSC), com estudos voltados à educação de Matemática crítica e educação profissional e tecnológica integrada à EJA.
A palestra seguinte, sobre o assunto “O direito à EJA e os desafios curriculares”, foi apresentada pela educadora Rita de Cássia Pacheco Gonçalves, integrante do Fórum de Educação de Jovens e Adultos de Santa Catarina (FEJA).
No segundo dia de seminário, na sexta-feira (22/06), Daniel Godinho Berger abordou a “Didática, constituição da docência e os desafios para a formação continuada na EJA”. O palestrante é membro do Grupo de Pesquisa sobre Educação de Jovens e Adultos (EPEJA) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), além de atuar na coordenação do Fórum Estadual da EJA.
O encerramento dos debates ocorreu com a palestra sobre “O perfil do professor e aluno da EJA e os espaços de aprendizagem”, ministrada pela professora Maristela Vieira de Medeiros, gestora do Centro da EJA de São José.