O vereador Manoel Airton Pereira, o “Bilico” (PP), afirmou esta semana, ao Biguá News, que pretende postular, junto ao seu partido, o cargo de candidato a prefeito nas eleições de 2020. Ele foi o vereador mais votado no pleito de 2016, com 1.354 votos. O parlamentar de 59 anos está em seu sexto mandato no Poder Legislativo biguaçuense.
Bilico é atualmente inelegível de acordo com a Lei da Ficha Limpa, pois foi condenado pelo Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC) por improbidade administrativa, por atos irregulares cometidos quando foi presidente da Câmara Municipal. Pereira está recorrendo dessa decisão.
“Recorremos, pois [o acórdão do TJSC] tinha vício. E ainda tem Brasília [recurso no STJ]. Vamos derrubar”, comentou.
Além de ser implicado na legislação que barra candidaturas de políticos “fichas-sujas”, o parlamentar também foi preso por nove dias, em 2016, na Operação Ressonância, deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco), nos municípios de Florianópolis, Palhoça, Biguaçu, São João Batista e Major Gercino.
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Conforme o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), um grupo – do qual Bilico teria feito parte – estaria sistematicamente violando a fila de espera do SUS para realização de exames de ressonância e tomografia, por intermédio de procedimentos irregulares e, em algum casos, até de cobrança de valores dos pacientes.
À época, a defesa de Manoel Airton argumentou que “eventualmente ele encaminhava pessoas para exames, levava os pacientes para fazer esses exames, mas nunca fez ou recebeu qualquer pagamento por encaminhar esses pacientes. Ele sempre pegou fila para ser atendido”.